Nova estratégia
Plano da Casa Branca é reduzir gastos militares ao longo dos próximos dez anos:
Sobe Concentração em operações navais e aéreas no Pacífico e no Estreito de Ormuz, para contrabalançar poder da China e do Irã; ações de inteligência, contraterrorismo, contenção de armas nucleares e guerra cibernética.
Desce Grandes ações de guerra, com muitos soldados e por períodos longos, como no Iraque e no Afeganistão. Se necessário, empreender apenas uma operação dessas por vez Ações na Europa, que, segundo o documento da Defesa, é "mais produtora que consumidora" de segurança.
Zonas de turbulência China, Paquistão: aliados instáveis; Irã, Coreia do Norte: regimes inimigos.
Cifras Os gastos militares dos EUA são hoje de US$ 687 bilhões, ou 4,7% do PIB do país. Os cortes previstos almejam reduzir as despesas em US$ 450 bilhões ao longo de uma década.
No mundo Os EUA têm 1,42 milhão de homens e mulheres espalhados pelo mundo, sendo 565,6 mil do Exército, 324 mil da Marinha, 331 mil da Força Aérea e 201 mil fuzileiros navais.
Fontes: Departamento de Defesa dos EUA, Stockholm International Peace Research Institute e Folhapress.
O presidente norte-americano Barack Obama afirmou ontem que os Estados Unidos "viram a página de uma década de guerras" e devem trabalhar agora para fortalecer a economia com uma estratégia de segurança que inclui forças militares convencionais menores.
Obama participou da entrevista coletiva no Pentágono com o secretário de Defesa Leon Panetta e o chefe do Estado-Maior Conjunto, o general de Exército (de Terra), Martin Dempsey, na qual apresentou a nova estratégia de defesa dos EUA.
"Tivemos êxito na defesa de nossa nação, fizemos guerra contra o inimigo e restabelecemos a liderança global dos Estados Unidos", afirmou o presidente.
Obama assinalou que os Estados Unidos devem "renovar sua força econômica, o que os mantêm como fortaleza no mundo". Segundo ele, a nova estratégia do país passa por fortalecer sua presença na região da Ásia e do Pacífico.
"As reduções de orçamento não serão feitas sobre essas regiões críticas", revelou. "Continuaremos apoiando nossas alianças, incluindo a Otan, e seguiremos atentos, especialmente com relação ao Oriente Médio."
Os cortes de orçamento do Pentágono vão variar entre US$ 400 bilhões e US$ 1 trilhão, mas apesar disso Obama ressaltou que os "Estados Unidos manterão a superioridade militar como Forças Armadas ágeis, flexíveis e prontas para toda a gama de contingências e ameaças".
Prontidão
Em um comunicado divulgado durante o discurso de Obama, o governo afirmou estar determinado "a manter uma força de prontidão e capaz", mesmo reduzindo a presença militar em algumas localidades. "As nossas responsabilidades globais são significativas, não podemos ter o luxo de falhar", dise.
Obama prometeu também que os veteranos vão continuar recebendo benefícios sociais e oportunidades de trabalho. Ele ressaltou a importância de rever erros do passado, como os cometidos no Vietnã, e da adoção de uma postura estratégica guiando os militares.
Segundo Obama, os EUA têm sido bem sucedidos na defesa própria e os militares devem fortalecer a liderança americana pelo mundo. "O Exército dos EUA vai continuar forte globalmente", reforçou o secretário de Defesa Leon Panetta.
Desaceleração
Para o presidente, o esforço de controle do orçamento de defesa é uma forma de desacelerar a despesa, mas os gastos serão equivalentes aos que existiam no fim da administração de George W. Bush maior do que a soma dos orçamentos de defesa dos dez países que mais investem no setor.
Na entrevista coletiva não foram divulgados detalhes sobre os cortes, informações que serão anunciadas à medida que o governo Obama prepare o orçamento para o período fiscal 2013, que começa em 1.º de setembro.
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