O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, criticou nesta sexta-feira (4) a empresa petrolífera British Petroleum por seu plano de pagar dividendos a acionistas, enquanto moradores da costa sul norte-americana enfrentam dificuldades econômicas provocadas pelo vazamento de petróleo em um poço da companhia.
"Meu entendimento é de que a BP contratou uma campanha publicitária de TV de 50 milhões de dólares para administrar sua imagem durante este desastre", disse Obama. "Além disso, há relatos de que a BP irá pagar 10,5 bilhões - bilhões com B - de dólares em dividendos neste trimestre."
A BP resistiu nesta sexta-feira à pressão de alguns parlamentares dos Estados Unidos para deixar de pagar dividendos até que seja conhecido o custo total da operação de limpeza.
A empresa deve anunciar em 27 de julho os seus resultados e dividendos relativos ao segundo trimestre. A cifra de 10,5 bilhões de dólares, citada por Obama, abrange os dividendos do ano todo, e não só do trimestre, como ele disse.
Obama lançou essa crítica durante sua terceira viagem à costa sul dos EUA desde o acidente no poço da BP, há seis semanas. O vazamento, pior na história do país, provoca graves prejuízos ambientais e econômicos na região.
O presidente disse que é cedo para avaliar o sucesso da nova tentativa da BP para conter o vazamento, mas afirmou que aparentemente está funcionando.
Ele insistiu também em exigir que a BP pague todos os custos.
"Quero que a BP seja muito clara no sentido de que tem obrigações morais e legais aqui no Golfo pelo dano que tem causado. E o que quero ouvir é que, quando eles estiverem gastando esse tipo de dinheiro com seus acionistas e gastando esse tipo de dinheiro em anúncio de TV, que estejam dando uns trocados para os pescadores e pequenas empresas aqui no Golfo."
Moraes eleva confusão de papéis ao ápice em investigação sobre suposto golpe
Indiciamento de Bolsonaro é novo teste para a democracia
Países da Europa estão se preparando para lidar com eventual avanço de Putin sobre o continente
Ataque de Israel em Beirute deixa ao menos 11 mortos; líder do Hezbollah era alvo
Deixe sua opinião