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O candidato democrata à presidência dos Estados Unidos, Barack Obama, culpou nesta segunda-feira (15) os republicanos pela "mais grave crise financeira" desde os anos 1930. Já o rival de Obama na disputa pela Casa Branca, o republicano John McCain, atribuiu a uma imperfeita colcha de retalhos de supervisão regulatória a causa da crise. O Lehman Brothers, quarto maior banco de investimentos dos EUA, anunciou nesta segunda-feira concordata e o banco de investimentos Merrill Lynch aceitou domingo uma oferta de compra do Bank of America.

O Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA), o Banco Central Europeu e o Banco da Inglaterra injetaram dezenas de milhões de dólares nos mercados, em meio aos problemas nos gigantes bancários. As novas turbulências podem causar fortes perdas no mercado financeiro.

"Os desafios sobre nosso sistema financeiro hoje são mais evidências de que muitas pessoas em Washington e em Wall Street não estão cuidando da casa", afirmou Obama em comunicado. "Oito anos de políticas que têm retirado proteções dos consumidores, causado perda de supervisão e regulação, e que encorajaram bônus desproporcionais a CEOS, enquanto ignoram os americanos de classe média, trouxeram para nós a mais séria crise financeira desde a Grande Depressão", avaliou o senador por Illinois.

O candidato da oposição culpou diretamente a administração George W. Bush pela crise. Obama advertiu que "essa turbulência é uma grande ameaça para nossa economia e sua habilidade de criar empregos com bons salários e ajudar os norte-americanos trabalhadores a pagar suas contas, poupar para seu futuro e fazer seus pagamentos de hipotecas".

Já McCain, senador pelo Arizona, qualificou a concordata do Lehman como "o último lembrete sobre a regulação e o gerenciamento ineficientes". Além disso, o candidato da situação garantiu que a "principal prioridade" de seu eventual governo será garantir que os EUA continuem sendo o principal mercado financeiro mundial.

"Para isso, grandes reformas devem ser feitas em Washington e em Wall Street", avaliou McCain. "Nós não podemos tolerar um sistema que imponha desvantagens aos nossos mercados e nossos bancos e que coloquem em risco as economias de norte-americanos que trabalham duro e de investidores."

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