Repercussão
Veja a reação à declaração de Obama nos Estados Unidos:
Coligação Turca da América
Aplaudimos o presidente Obama por deixar aos historiadores a resolução da longa discussão sobre os acontecimentos de 1915-1918. O presidente Obama enviou uma mensagem clara para a América e o mundo que seu governo não vai sacrificar aliados estratégicos de longa data para ganhos políticos de curto prazo.
Assembleia Armênia da América
A declaração de hoje não reflete a mudança que o presidente prometeu. Sua incapacidade de afirmar um capítulo de orgulho na história dos EUA a resposta americana ao primeiro genocídio do século 20 tem atrasado inutilmente a causa da afirmação do genocídio e diminui a credibilidade dos EUA no que diz respeito à prevenção de genocídios.
Fonte: da Redação
Washington - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, evitou a palavra "genocídio em uma declaração escrita divulgada pela Casa Branca em memória das matanças de armênios pelos turcos otomanos durante a 1ª Guerra Mundial, no dia em que os armênios relembram o massacre.
Durante a campanha presidencial, Obama comprometeu-se a reconhecer as mortes de armênios, estimadas em 1,5 milhão, como genocídio. Na declaração de ontem, o presidente preferiu referir-se ao massacre como "uma das maiores atrocidades do século 20.
Obama disse, no entanto, que não se arrepende de ter utilizado a palavra genocídio durante a campanha. Pressionado pelo governo turco, um dos principais aliados dos EUA no Oriente Médio, o governo de George W. Bush (2001-2009) barrou iniciativas do Congresso para que o genocídio fosse oficialmente reconhecido.
Os turcos afirmam que as mortes não chegaram ao número apresentado pelos armênios e aconteceram em um período de conflito civil, quando grupos de armênios apoiavam a Rússia, inimiga da Turquia na guerra. A Turquia reconhece entre 300 mil e 500 mil mortos armênios durante os massacres e deportações que aconteceram entre 1915 e 1917.
Alguns países, como Canadá, Suíça e Polônia, classificam oficialmente as mortes de genocídio e, na França, é crime negar o genocídio dos armênios.
Na quarta-feira, a Turquia e Armênia informaram que estavam perto de uma reconciliação histórica depois de anos de tensão. Os governos informaram que negociarão um "mapa do caminho para permitir a reabertura das fronteiras entre os dois países, fechadas há 15 anos, e normalização das relações diplomáticas.
Enquanto o governo Obama escolhe cuidadosamente as palavras para não atrapalhar esse acordo, dezenas de milhares de armênios foram às ruas da capital Ierevan para lembrar as mortes.
Alguns dos participantes da celebração disseram que a Armênia não deveria restabelecer relações com a Turquia, antes que os turcos reconhecessem o genocídio.
"Como podemos criar laços amigáveis se, todo ano, deste lado da fronteira, lembramos o genocídio com a dor da injustiça em nossos corações, enquanto, do outro lado, a Turquia o desmente?, perguntou Glechian Arpi, um aposentado de 72 anos.
Interatividade
A Armênia faz certo ao buscar uma aproximação com a Turquia, mesmo sem o país reconhecer o genocídio?
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