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Obama agradece soldados: Casa Branca se preocupa em não passar ideia triunfante, para amenizar críticas aos 7 anos de ocupação | Jason Reed/Reuters
Obama agradece soldados: Casa Branca se preocupa em não passar ideia triunfante, para amenizar críticas aos 7 anos de ocupação| Foto: Jason Reed/Reuters
  • Veja um histórico da concentração de soldados no Iraque e do número de mortes em operações

Nova York - Após sete anos e meio e mais de 4,4 mil soldados mortos, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, declarou ontem o fim das operações de combate no Iraque dizendo que chegou "a hora de virar a página’’.

"Encerrar essa guerra não é apenas do interesse do Iraque – é do nosso próprio interesse. Os EUA pagaram caro para colocar o futuro do Iraque nas mãos de seu povo’’, afirmou, ontem à noi­­te, em pronunciamento no Salão Oval da Casa Branca.

"Hoje, estou anunciando que a missão de combate americana no Iraque terminou. [...] O povo iraquiano é responsável agora pe­­la segurança de seu país. Essa era a minha promessa como candidato a esse cargo’’, disse.

Apesar de cumprir o prometido – dois meses antes das eleições legislativas nos Estados Uni­­dos –, Obama tem sido alvo de críticas de opositores, para quem é um erro encerrar o combate em um país inseguro e sem governo formado.

Antes do discurso, Obama afirmou que "a missão no Iraque ainda não está completa’’, em vi­­sita a tropas em Fort Bliss, no Te­­xas. Para ele, ainda não é o ca­­so de celebrar uma vitória.

"O trabalho que continua é absolutamente crítico: prover treinamento e assistência às forças de segurança do Iraque, porque ainda há muita violência, e eles estão aprendendo a proteger o país.’’

Na unidade militar texana, Obama disse ser necessário "ir atrás de terroristas’’, em operações conduzidas "conjuntamente’’ durante a chamada "transição’’.

Para isso, o governo americano mantém 50 mil soldados que servirão de apoio ao Exército iraquiano e agirão em missões de combate apenas quando requisitados.

A retirada completa das tro­­pas deve acontecer até o fim de 2011.

O premier iraquiano, Nuri al Maliki, disse que o país ga­­nhou soberania após o fim das missões de combate das tropas dos EUA no país.

"O Iraque hoje é soberano e independente’’, afirmou Ma­­­­liki em discurso na tevê.

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