Nova York - Após sete anos e meio e mais de 4,4 mil soldados mortos, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, declarou ontem o fim das operações de combate no Iraque dizendo que chegou "a hora de virar a página.
"Encerrar essa guerra não é apenas do interesse do Iraque é do nosso próprio interesse. Os EUA pagaram caro para colocar o futuro do Iraque nas mãos de seu povo, afirmou, ontem à noite, em pronunciamento no Salão Oval da Casa Branca.
"Hoje, estou anunciando que a missão de combate americana no Iraque terminou. [...] O povo iraquiano é responsável agora pela segurança de seu país. Essa era a minha promessa como candidato a esse cargo, disse.
Apesar de cumprir o prometido dois meses antes das eleições legislativas nos Estados Unidos , Obama tem sido alvo de críticas de opositores, para quem é um erro encerrar o combate em um país inseguro e sem governo formado.
Antes do discurso, Obama afirmou que "a missão no Iraque ainda não está completa, em visita a tropas em Fort Bliss, no Texas. Para ele, ainda não é o caso de celebrar uma vitória.
"O trabalho que continua é absolutamente crítico: prover treinamento e assistência às forças de segurança do Iraque, porque ainda há muita violência, e eles estão aprendendo a proteger o país.
Na unidade militar texana, Obama disse ser necessário "ir atrás de terroristas, em operações conduzidas "conjuntamente durante a chamada "transição.
Para isso, o governo americano mantém 50 mil soldados que servirão de apoio ao Exército iraquiano e agirão em missões de combate apenas quando requisitados.
A retirada completa das tropas deve acontecer até o fim de 2011.
O premier iraquiano, Nuri al Maliki, disse que o país ganhou soberania após o fim das missões de combate das tropas dos EUA no país.
"O Iraque hoje é soberano e independente, afirmou Maliki em discurso na tevê.