O presidente norte-americano, Barack Obama, declarou ontem situação de desastre maior nos estados de Carolina do Norte e Nova York, devido aos danos causados pela passagem do furacão Irene no último fim de semana.
Com a decisão, fundos federais poderão ser liberados para apoiar medidas de recuperação nos locais mais atingidos pelas inundações decorrentes das chuvas.
Entre as ações de assistência, estão acomodação temporária e reparos de casas danificadas e empréstimos de baixo custo para pessoas sem seguro residencial.
A declaração, contudo, não inclui ainda Vermont, que sofreu com as maiores enchentes em ao menos quatro décadas e ficou classificado como situação de emergência. Pelo menos 11 cidades estavam isoladas ontem no estado.
O Irene atingiu a Costa Leste dos Estados Unidos no fim de semana e segue em direção ao norte, passando pelo Canadá. Na semana anterior, o furacão já havia causado estragos também nas ilhas do Caribe, deixando ao menos seis mortos e uma estimativa de US$ 1,1 bilhão em prejuízos. Ao menos 43 mortes pelo Irene já foram confirmadas nos Estados Unidos.
Na passagem pela costa americana, o furacão causou inundações em diversas cidades, destruindo pontes, casas e bloqueando estradas por causa de árvores caídas. Alguns municípios de Vermont e Nova York continuam isolados por conta disso.
Apesar disso, escolas e empresas tentam retomar suas atividades nas regiões que superaram parte dos danos, uma vez que há muitas instituições ainda sem eletricidades, inundadas e com vias de acesso bloqueadas.
Obama verá pessoalmente os danos provocados pelo furacão em uma visita, no próximo domingo, a Paterson, no estado de Nova Jersey, cenário de graves inundações no fim de semana passado, informou a Casa Branca.
"No domingo, 4 de setembro, o presidente viajará a Paterson, Nova Jersey, para observar os danos causados pelo furacão Irene", anunciou a Presidência.
Tempestade Kátia
A tempestade tropical Katia, que se formou no Atlântico, deve se transformar em um furacão nesta quinta-feira. Outras tempestades no oeste do Caribe também estão se dirigindo para a península de Yucatán, no México, informaram ontem meteorologistas. Katia apresentava ontem ventos de 100 quilômetros por hora e deve se tornar o segundo furacão da temporada do Atlântico, que vai de junho a novembro, caso os ventos cheguem a 119 quilômetros por hora.
"O aumento está previsto dentro de um ou dois dias", informou o Centro Nacional de Furacões norte-americano, em Miami.
Está previsto que a tempestade Kátia vai se tornar um grande furacão com ventos de mais de 178 quilômetros por hora no domingo, mas ainda é muito cedo para dizer se representará alguma ameaça em terra.