O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, lançou nesta quinta-feira uma ofensiva para explicar os benefícios econômicos da reforma da saúde de 2010 que, segundo ele, promoverá a concorrência e reduzirá os custos, e atacou aqueles que tentam anulá-la ou diluí-la.
"As companhias seguradoras competirão por vocês e seus negócios e essa concorrência reduzirá os custos", destacou Obama durante um discurso na Casa Branca, o terceiro deste ano sobre a reforma da saúde.
Acompanhado por famílias que se beneficiaram de reembolsos, o chefe de governo lembrou que a partir de 1º de outubro os consumidores poderão comparar os preços no mercado dos planos de saúde através da internet.
Ao defender a utilidade da reforma mais extensa e complexa em mais de quatro décadas, Obama criticou o retorno ao que chamou de "velhas batalhas partidárias" que, segundo ele, pareciam resolvidas. "Reconheço que ainda há muitas pessoas, pelo menos nesta cidade, que impulsionam o fracasso desta lei", criticou.
O presidente argumentou que a reforma da saúde respondeu à necessidade de emendar um sistema de saúde que "ameaçava as esperanças e sonhos de famílias e negócios", que temiam sua quebra devido a uma doença ou um acidente.
Além disso, o chefe de governo criticou a aprovação de duas medidas republicanas aprovadas na Câmara dos Representantes na quarta-feira para adiar o início da obrigatoriedade de um plano de saúde tanto para empresas quanto para indivíduos.
A ofensiva de Obama aconteceu pouco depois da decisão de seu Governo de adiar por um ano, até 2015, a exigência que as empresas com mais de 50 empregados ofereçam plano de saúde a seus empregados, sob pena de multas de até US$ 3 mil. O adiamento foi apontado pelos republicanos como uma prova de que a reforma não funciona.