Washington - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, defendeu seus planos orçamentários ontem, insistindo que permanece comprometido em cortar o déficit pela metade dentro de quatro anos, apesar de novos dados mostrarem que o saldo negativo está maior que o previsto.
"No total, nosso orçamento levaria os gastos discricionários de programas domésticos como parcela da economia para o menor nível em quase meio século", disse Obama em sua mensagem semanal pelo rádio. "Vamos continuar fazendo essas escolhas difíceis nos próximos meses e anos adiante, para que nossa economia se recupere, faremos o que for preciso para reduzir este déficit."
O presidente afirmou que seu governo estava explorando cada pedaço do orçamento para produzir US$ 2 trilhões em redução de déficit na próxima década. A mensagem de Obama foi dada no momento em que o Congresso se prepara para lançar na próxima semana um debate sobre o orçamento de US$ 3,55 trilhões revelado pelo governo no fim do mês passado.
O não-partidário Escritório Orçamentário do Congresso (CBO, na sigla em inglês) previu na sexta-feira que o déficit pode atingir US$ 1,845 trilhão este ano dentro da proposta de Obama, quadruplicando o saldo negativo recorde de 2008.
Desde a estimativa feita em janeiro de um déficit de US$ 1,2 trilhão, o CBO disse que o lançamento do plano de estímulo de US$ 787 bilhões, outras medidas para reviver a economia e fatores adicionais elevaram as projeções de déficit para 2009 e 2010 em mais de US$ 400 bilhões.
Na mensagem de ontem, Obama argumentou que suas propostas econômicas oferecem uma solução de longo prazo para os problemas estruturais dos EUA e não "uma lista de desejos com prioridades que eu escolhi no ar".
"Elas são parte central de uma estratégia abrangente para a economia crescer atacando todos os problemas que a derrubaram por muito tempo: o custo elevado da saúde e nossa dependência em petróleo estrangeiro; nosso déficit educacional e nosso déficit fiscal", disse Obama.
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