O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, planeja abrir uma nova fase na longa luta do país contra o terrorismo, restringindo o uso de aeronaves não tripuladas, chmadas de drones, que estiveram no centro de sua estratégia de segurança nacional, informou o "New York Times" nesta quinta-feira. Em discurso programado para as 15h (horário de Brasília) na National Defense University, o líder americano tentará desviar a atenção de uma série de escândalos.

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Depois de quase duas semanas de controvérsias sobre a resposta do governo ao ataque que matou quatro americanos na Líbia, das acusações de fiscalização mais rigorosa da Receita Federal sobre grupos de oposição, e da investigação do governo sobre jornalistas, Obama vai tentar mudar o foco em seu primeiro grande discurso sobre o combate ao terrorismo do seu segundo mandato.

Obama pretende reorientar as prioridades americanas desde os ataques de 11 de setembro de 2001, e ainda prevê um dia não especificado para pôr fim à chamada guerra contra o terror, segundo o "NYT", citando pessoas informadas sobre os planos da Casa Branca.

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A nova orientação política confidencial assinada por Obama, segundo o jornal americano, prevê a redução drástica de casos em que aviões não tripulados podem ser usados para atacar em lugares que não são zonas de guerra evidentes - países como o Paquistão, Iêmen e Somália.

Força letal só será utilizada contra alvos que representam "uma contínua e ameaça iminente para os americanos" e não puderem ser capturados, afirmou o procurador-geral Eric H. Holder Jr., em uma carta ao Congresso.

Obama deve enfatizar desejo de fechar Guantánamo

A palestra destina-se, em parte, a reforçar o apoio de Obama às liberdades civis, após recentes críticas de que seu governo é fechado e rigoroso com os adversários. Obama deve enfatizar seu compromisso com a transparência e também o desejo de fechar Guantánamo, em Cuba, uma promessa de anos atrás.

O não cumprimento da promessa de campanha de 2008 de fechar a prisão de Guantánamo tem sido destacado por uma greve de fome de mais de 100 detentos, dos quais muitos estão sendo alimentados à força para não morrer.

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A Casa Branca, que tem enfrentado dificuldades para responder aos escândalos que dominaram a cobertura da mídia por vários dias, assinalou que Obama vai discutir o "fechamento definitivo" da prisão ao delinear uma estratégia ampla de combate ao terrorismo para enfrentar as ameaças que mudaram desde os ataques de 11 de setembro de 2001.

"O presidente está considerando uma gama de opções de forma que possamos reduzir a população (de Guantánamo) e avançar para o fechamento final. Algumas opções podemos decidir por conta própria, mas algumas exigirão trabalhar com o Congresso", disse o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, na quarta-feira.