O presidente dos EUA, Barack Obama, e o rei Abdullah, da Arábia Saudita, salientaram na terça-feira a importância de uma solução com dois Estados - um judeu e outro palestino - para a paz no Oriente Médio.
Líderes árabes andam frustrados com o fato de Obama não conseguir convencer Israel a fazer mais concessões. Obama irá receber no dia 6 o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, na Casa Branca.
O presidente disse que em seu almoço com o rei abordou várias questões estratégicas, inclusive Irã, Paquistão e Afeganistão, além da "importância de avançar de forma significativa e incisiva para assegurar uma pátria palestina que possa viver lado a lado com um Estado israelense seguro e próspero."
Netanyahu aderiu em maio a negociações indiretas, sob mediação dos EUA, mas impôs rígidas condições para a criação de um Estado palestino. Na terça-feira, o chanceler israelense, Avigdor Lieberman, disse que devido a dificuldades nas negociações e a divisões entre os próprios palestinos, a criação do novo Estado dificilmente acontecerá antes de 2012, como esperam os EUA e os demais mediadores do processo --Rússia, ONU e União Europeia.
Obama e o rei Abdullah "expressaram sua esperança de que as discussões por proximidade (sob mediação dos EUA) entre israelenses e palestinos levem à retomada das discussões diretas, com a meta de dois Estados vivendo lado a lado em paz," segundo a Casa Branca.
O rei saudita fez apenas uma breve declaração após o encontro, agradecendo Obama pela hospitalidade e elogiando a amizade entre os dois países.
"Apreciamos tudo o que você tem feito pessoalmente para ampliar e aprofundar ainda mais e fortalecer esta relação," disse ele, por meio de um intérprete, no Salão Oval da Casa Branca.
De acordo com a Casa Branca, Abdullah reiterou seu compromisso com um plano apresentado por ele próprio em 2002, que oferecia o reconhecimento de Israel por governos da região, em troca da devolução de territórios ocupados e da criação do Estado palestino.
No ano passado, Obama reafirmou o antigo pedido dos EUA para que a Arábia Saudita faça gestos pela normalização das relações com Israel, como incentivo para que o Estado judeu participe de negociações sérias a respeito da criação do Estado palestino.
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