O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, buscou aproximar os países mais ricos do mundo das principais nações emergentes com o objetivo de ajudar a fazer frente à atual crise financeira internacional.
"Nós só conseguiremos superar esse desafio unidos", declarou o presidente norte-americano. Ele também contestou críticas segundo as quais os EUA estariam brigando com outras nações com relação à necessidade de se injetar mais dinheiro em pacotes de estímulo econômico. Segundo ele, qualquer divergência acaba sendo "vastamente exagerada".
"Estou absolutamente confiante de que esta reunião refletirá o enorme consenso quanto à necessidade de se trabalhar em conjunto para fazer frente a esses problemas", declarou Obama em referência à reunião do G-20 (grupo formado por grandes economias desenvolvidas e emergentes) que acontece amanhã. A principal divergência, mencionada por Obama, diz respeito a posição da Alemanha e da França. As duas maiores economias da Europa defendem maior regulação dos mercados financeiros e são contra o aumento dos gastos públicos, como querem os EUA.
Obama incentivou os países a promoverem o crescimento e trabalharem juntos em reformas regulatórias, sem incorrer "em protecionismo e outros erros" que ajudaram a alimentar a Grande Depressão na primeira metade do século passado. "Este é um erro que não podemos nos dar ao luxo de permitir que se repita", disse Obama durante entrevista conjunta concedida ao lado do primeiro-ministro da Grã-Bretanha, Gordon Brown.
Questionado sobre se os EUA eram os culpados pela crise, Obama respondeu que prefere olhar para frente, não para trás. Ele também disse não temer pela estabilidade do sistema econômico norte-americano. "Eu acho que temos um modelo econômico vibrante um modelo político duradouro e uma série de ideais que os sustentaram mesmo nos momentos mais difíceis", defendeu.
Brown também buscou semear consenso. "Como declarou o presidente Obama, nunca antes na história o mundo se uniu desta forma para lidar com uma crise econômica", disse ele. "Estamos a algumas horas, creio eu, de fechar um acordo sobre um plano global de reforma e recuperação econômicas", acrescentou.
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