O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse na sexta-feira (23) que a sangrenta repressão do governo sírio contra os manifestantes "tem que chegar a um fim agora" e acusou Damasco de procurar ajuda iraniana para reprimir seu povo.Obama emitiu uma declaração redigida de forma rigorosa no dia em que forças de segurança sírias mataram a tiros cerca de 90 manifestantes no dia mais sangrento em um mês de crescentes protestos contra o presidente sírio, Bashar al-Assad.
Obama condenou a violência mas não citou nenhuma potencial consequência por parte dos EUA caso Assad se recuse a atender as demandas.
As forças norte-americanas já integram uma campanha militar da Otan contra o líder líbio Muamar Kadafi e os norte-americanos são cautelosos em um maior envolvimento militar numa região onde tropas dos EUA têm lutado longas guerras no Iraque e no Afeganistão.
"Este revoltante uso de violência para reprimir os protestos deve chegar a um fim agora", disse Obama.
"Ao invés de ouvir o seu próprio povo, o presidente Assad está acusando pessoas de fora enquanto pede assistência iraniana para reprimir os cidadãos da Síria através das mesmas táticas brutais que têm sido usadas pelos aliados iranianos".
Os EUA reagiram de forma diferente aos levantes que surgiram no norte da África e no Oriente Médio.
No Egito, Obama manteve uma política de pressão pacífica sobre Hosni Mubarak para a transferência de poder, enquanto na Líbia juntou-se a uma campanha aérea da Otan para proteger os civis do país.
No caso da Síria, Obama tem procurado manter a pressão sobre o governo para que responda positivamente à revolta, com poucos resultados neste momento.