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Discurso feito por Barack Obama na Casa Branca foi televisionado para todo o terítório americano | Reuters
Discurso feito por Barack Obama na Casa Branca foi televisionado para todo o terítório americano| Foto: Reuters

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, prometeu na noite desta terça-feira obrigar a British Petroleum a pagar pelos estragos causados por sua "imprudência" no vazamento de petróleo no Golfo do México.

Ele aproveitou a indignação pública com o maior desastre ambiental da história dos Estados Unidos para pedir apoio à sua proposta de diminuir a dependência do país de combustíveis fósseis.

"Vamos lutar contra esse vazamento com tudo o que temos, pelo tempo que for preciso. Vamos fazer com que a BP pague pelo estrago que sua companhia causou", afirmou Obama em discurso televisionado.

O modo como Obama responde à pior catástrofe ecológica dos Estados Unidos terá implicações não apenas para a gigante de energia britânica BP, mas para o futuro das perfurações norte-americanas em alto mar.

Obama deixou claro que apoia um projeto de lei mais amplo de energia que inclua a redução das emissões de gases do efeito de estufa, e uma autoridade sênior do governo disse que o presidente ainda "acredita que estabelecer um preço sobre a poluição de carbono é essencial."

Mas não falou especificamente sobre o componente da mudança climática durante seu discurso, talvez consciente dos obstáculos políticos. Ele disse que estava aberto a ideias de democratas e republicanos para reduzir a dependência norte-americana do petróleo, mas insistiu, "a única abordagem que não vou aceitar é a falta de ação".

Outra questão crucial é se Obama, que fez seu primeiro discurso à nação sobre o tema no Salão Oval da Casa Branca, poderá acalmar a raiva dos eleitores num ano de eleições legislativas, já que a maioria de seu Partido Democrata no Congresso corre riscos.

Pesquisas de opinião mostram que a maioria dos norte-americanos acredita que Obama não tem sido forte o suficiente para lidar com a BP.

Buscando combater as críticas de que não tem mostrado bastante liderança na crise de quase dois meses, Obama assumiu uma linha dura com a petrolífera britânica.

"Amanhã (quarta-feira), vou me encontrar com o presidente da BP e informá-lo que terá de reservar o volume de recursos que for necessário para compensar os trabalhadores e empresários que têm sido atingidos como resultado da imprudência de sua companhia", ele disse.

"E esse fundo não será controlado pela BP. Para garantir que todas as indenizações legítimas sejam pagas de forma justa e em tempo adequado, a conta deverá e será administrada por uma terceira parte independente".

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