O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse nesta sexta-feira (27) que os EUA e a França estão de pleno acordo sobre persistir na intervenção conduzida pela Otan na Líbia até que a crise no país seja resolvida.
Falando após conversar com o presidente francês, Nicolas Sarkozy, na cúpula do G8 no balneário de Deauville, no norte da França, Obama afirmou que o líder líbio, Muammar Gaddafi, tem que sair do país.
"Concordamos que fizemos progresso em nossa campanha militar, mas que o mandato da ONU de proteção aos civis não poder ser cumprido se Gaddafi permanecer na Líbia, dirigindo suas forças em atos de agressão contra o povo líbio", disse Obama em uma coletiva de imprensa na cúpula.
"Estamos unidos na determinação de encerrar o trabalho", afirmou.
Uma coalizão da Otan liderada por França e Grã-Bretanha vem bombardeando as bases do Exército de Gaddafi desde março, sob um mandato da Organização das Nações Unidas para proteger civis apanhados nos combates com forças rebeldes cujo intento é por fim aos 41 anos de governo de Gaddafi.
Os ataques aéreos da Otan sobre Trípoli de quinta para sexta-feira deixaram nuvens de fumaça sobre o complexo de Gaddafi, depois de Washington dizer que não acreditava em uma oferta de cessar-fogo do governo líbio.
Em seu comunicado final, o G8 afirma que Gaddafi não tem futuro em uma Líbia democrática e exige que seus combatentes interrompam o uso de força contra civis. O comunicado ainda afirma que os envolvidos em mortes de civis serão investigados e punidos.
"Estamos comprometidos a apoiar uma transição política que reflita a vontade do povo líbio", afirma a declaração do G8, a qual a Reuters obteve uma cópia com antecedência.
Obama afirmou que ele e Sarkozy concordaram que os movimentos democráticos no norte da África e no Oriente Médio tornaram a busca pela paz entre israelenses e palestinos "mais urgente, não menos".
O presidente norte-americano disse que os dois líderes irão coordenar de perto a negociação das duas partes para criar um Estado palestino que seja soberano e um Estado israelense que seja seguro.