O presidente dos EUA, Barack Obama, disse nesta quinta-feira que ele “não está preparado para desistir” de sua promessa de fechar o centro de detenção de Guantánamo, na Baía de Guantánamo, em Cuba, e que deverá permanecer aberta até o fim de seu mandato, em janeiro.
“Eu não estou preparado para admitir que pode continuar aberto, porque nós estamos trabalhando de modo diligente para continuar a reduzir o número de detentos”, disse Obama. Ele fez os comentários em resposta a uma pergunta em uma entrevista coletiva no encerramento da reunião de cúpula com líderes asiáticos, no Laos. Em agosto, o Pentágono informou que tinham 61 detentos no centro penitenciário. Obama tem o intuito de reduzir este número para algo entre 40 e 50 até o final de seu mandato.
O presidente americano repetiu que a existência de Guantánamo é utilizada como “uma ferramenta de recrutamento pelas organizações terroristas”.
Desde 2009, Obama quer fechar o centro de detenção, que foi criado após os atentados de 11 de setembro de 2001 pelo então presidente George W. Bush com o objetivo de reunir todos os prisioneiros da “guerra contra o terrorismo”. Esta foi uma das primeiras promessas de Obama, mas até o momento ele não conseguiu obter o apoio do Congresso.
Dao todo, 780 prisioneiros já passaram por esta prisão, a maioria suspeitos de terrorismo capturados depois dos atentados de 11 de setembro de 2001 e detidos sem julgamento durante anos, o que tem provocado críticas internacionais.