O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse nesta sexta-feira (3) que não prevê um cenário no qual enviará tropas terrestres norte-americanas à Síria e defendeu uma abordagem cautelosa para determinar se o governo sírio usou armas químicas na guerra civil que já dura dois anos.

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Obama insistiu que os Estados Unidos não descartam nenhuma opção para lidar com o caso sírio, já que o país investiga se o governo do presidente sírio, Bashar al-Assad, usou armas químicas durante os confrontos.

Mas Obama, que passou grande parte de sua Presidência se esforçando para encerrar as guerras no Iraque e no Afeganistão, deixou claro que não estava disposto a enviar tropas para a Síria, dizendo: "Eu não prevejo" um cenário como esse.

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Os líderes da região que ele consultou sobre esta questão concordaram com ele, disse Obama.

No entanto, se for concluído que a Síria usou armas químicas, Obama estará sob pressão para tomar alguma ação além do que os Estados Unidos já estão fazendo. O governo Obama está considerando enviar ajuda letal aos rebeldes sírios.

Obama, que está sob fogo de alguns críticos em Washington, que afirmam que ele tem uma abordagem confusa em relação à Síria, insistiu que os Estados Unidos não estão inertes até mesmo enquanto aguardam uma decisão sobre as armas químicas.

"Nós não estamos esperando", disse ele. "Estamos trabalhando para aplicar todos os pontos de pressão que podemos sobre a Síria."

Os Estados Unidos afirmaram que têm "vários graus de confiança" de que armas químicas foram usadas pelo governo da Síria, o que viola a "linha vermelha" que Obama havia estabelecido contra tal ação.

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Em entrevista coletiva conjunta com a presidente da Costa Rica, Laura Chinchilla, Obama disse que mais evidências devem aparecer se a Síria continuar usando armas químicas.

"Se, de fato, houver um tipo de uso sistemático de armas químicas no interior da Síria, esperamos que vamos conseguir uma prova adicional e, a partir desse ponto, com certeza vamos apresentar isso para a comunidade internacional", disse Obama.

Quaisquer medidas adicionais tomadas pelos Estados Unidos, segundo ele, serão baseadas em "fatos no terreno na Síria e de acordo com os melhores interesses do povo norte-americano e da segurança nacional dos Estados Unidos".

Ele ressaltou que não irá ser pressionado prematuramente para uma intervenção mais profunda na Síria.

"Eu vou tomar tais decisões com base na melhor evidência e após consultas cautelosas, porque quando nós apressamos as coisas, quando nós saltamos antes de olharmos, então, não só se paga um preço, mas muitas vezes vemos consequências não intencionais no solo. Portanto, é importante que o façamos corretamente", disse Obama.

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A revolta popular contra o regime de Assad começou há dois anos e virou uma guerra civil, que já matou mais de 70 mil pessoas.