Obama deu entrevista coletiva ao final do encontro do G20 nesta sexta-feira (6)| Foto: Reuters/Kevin Lamarque

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse nesta sexta-feira (6) que segue convencido da necessidade de lançar um ataque militar contra a Síria pelo uso de armas químicas, assinalando que dirigirá uma mensagem aos americanos sobre essa questão na próxima terça-feira, dia 10 de setembro.

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Obama ressaltou que "deve haver uma resposta firme e deve haver medidas sérias" para castigar o regime de Bashar al Assad, já que, em entrevista coletiva ao término da cúpula do G20 em São Petersburgo, ele afirmou que as armas químicas representam um perigo para toda a região.

"Seguimos pensando que o regime de Assad usou essas armas, o que é uma tragédia. As armas químicas representam uma ameaça aos países vizinhos e a todo Oriente Médio porque podem cair em mãos de grupos insurgentes", afirmou Obama.

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O presidente dos Estados Unidos afirmou que abordou exaustivamente o assunto entre ontem e hoje com seus colegas do G20 e que continuará tentando buscar apoios para uma intervenção armada nos próximos dias.

Embora tenha reconhecido que alguns de seus colegas continuem a espera de um aval do Conselho de Segurança da ONU e declarado que respeita aqueles que consideram um ataque sem este beneplácito inaceitável, Obama alegou que, devido à inação do Conselho, este princípio não pode ser aplicado neste caso.

"O Conselho de Segurança da ONU está praticamente paralisado para uma decisão sobre a questão síria", assinalou Obama, em alusão à postura contrária a uma intervenção na Síria por parte da Rússia e China.

Obama assegurou que a maioria dos países do G20 acusa o regime sírio de ter usado armas químicas, embora a Rússia não esteja de acordo.

Uma ação contra Damasco seria "um sinal para todas as nações que não queremos viver em um mundo assim", assinalou Obama, que ressaltou que as normas internacionais devem ser cumpridas.

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Apesar de ter evitado responder diretamente a pergunta sobre a realização de um ataque à Síria mesmo sem o sinal verde do Congresso dos EUA, Obama se mostrou confiante de que essa resolução deverá ser alcançada.

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