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O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse que as forças do seu país foram "respeitosas com o corpo" de Osama bin Laden ao sepultá-lo no mar, apesar de críticas feitas por alguns clérigos islâmicos a esse procedimento.
"Tomamos mais cuidado com isso do que, obviamente, Bin Laden tomou quando matou 3.000 pessoas (nos atentados de 11 de setembro de 2001). Ele não teve muito respeito sobre como (as vítimas) eram tratadas e profanadas", disse Obama ao programa "60 Minutes", da rede CBS.
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"Mas isso, novamente, é algo que nos torna diferentes. E acho que lidamos (com o corpo) apropriadamente", afirmou Obama, segundo trechos divulgados antecipadamente da entrevista, que vai ao ar no domingo.
Bin Laden foi morto por soldados norte-americanos na madrugada de segunda-feira (tarde de domingo no Brasil) na localidade paquistanesa de Abbottabad. Seu corpo, levado para um porta-aviões dos EUA no mar da Arábia, foi atirado ao mar horas depois, o que levou alguns muçulmanos a dizerem que isso contraria a prática islâmica.
As autoridades dos EUA garantem que o corpo de Bin Laden foi lavado, e que preces islâmicas foram recitadas, conforme prevê a religião. Elas afirmam ainda que a decisão de jogar o corpo no mar foi tomada para que o túmulo do militante não se tornasse um local de peregrinação para seus seguidores.
"Foi uma decisão conjunta", disse Obama, quando questionado se havia tomado pessoalmente a decisão de jogar o corpo ao mar. "Achamos que era importante nos anteciparmos a respeito de como dispor do corpo caso ele fosse morto na residência. E acho que o que tentamos fazer foi - consultando especialistas em direito e ritual islâmico - encontrar algo que fosse adequado, ou seja, respeitoso com o corpo."
O xeque saudita Abdul Mohsen al Obaikan, consultor da Corte Real Saudita, disse: "Essa não é a maneira islâmica. A maneira islâmica é sepultar a pessoa em terra (se tiver morrido em terra), como todas as outras pessoas."
Cerimônia no Marco Zero
Dias após a morte de Osama bin Laden, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, encontrou bombeiros e policiais de Nova York e visitou o Marco Zero, nesta quinta-feira, para oferecer conforto a uma cidade ainda marcada pelos ataques de 11 de Setembro.
Seu antecessor, George W. Bush, declarou com megafone em punho e de pé sobre os destroços ainda fumegantes da tragédia, apenas três dias depois que aviões sequestrados destruíram as Torres Gêmeas do World Trade Center, que "as pessoas que derrubaram estes prédios vão ouvir todos nós em breve".
Quase uma década depois, fechando o ciclo daquela visita histórica, Obama chegou a Nova York para dizer que a promessa foi mantida.
Obama visitou o Corpo de Bombeiros 54, no centro de Manhattan, que perdeu 15 de seus membros nos ataques, antes de se dirigir ao Marco Zero, no sul de Manhattan, para depositar uma coroa de flores e reunir-se com famílias de vítimas.
Obama apertou a mão de bombeiros e disse: "Só queria vir aqui para agradecer", disse. "Este é um local simbólico do sacrifício extraordinário que foi feito naquele dia terrível de quase dez anos atrás".
Ele disse que a morte de Bin Laden "enviou uma mensagem mundo afora, mas também enviou uma mensagem aqui em casa, que quando dizemos que nunca vamos esquecer, estamos falando sério".
"Não importa quem estava no comando, nós íamos garantir que os autores deste ato horrível recebessem a justiça", disse Obama.
Bin Laden, o líder da Al-Qaeda, que planejou os ataques de 11 de setembro de 2001 contra os Estados Unidos, foi baleado na cabeça por forças dos EUA em uma operação de invasão ao seu complexo no Paquistão, no domingo, depois de uma caçada humana que durou uma década.
Quase 3.000 pessoas morreram quando sequestradores da Al-Qaeda jogaram aviões comerciais sequestrados contra as Torres Gêmeas e o Pentágono, em Washington. Um terceiro jato caiu sobre o campo na Pensilvânia.
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