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Conflito

Obama diz que Síria "não será outro Iraque ou Afeganistão"

Mesmo com países pedindo para que Obama respeite o Conselho de Segurança da ONU, ele não dá sinais de desistir da ação militar contra o Assad | Kevin Lamarque/Reuters
Mesmo com países pedindo para que Obama respeite o Conselho de Segurança da ONU, ele não dá sinais de desistir da ação militar contra o Assad (Foto: Kevin Lamarque/Reuters)

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse ao seu país neste sábado (7) que o governo precisa usar força militar limitada na Síria para deter futuros ataques com armas químicas, mas afirmou que não deseja entrar em outra guerra cara e prolongada.

"Não seria outro Iraque ou Afeganistão", afirmou Obama em seu discurso semanal no rádio e na internet, antecipando argumentos que ele dará em um pronunciamento nacional transmitido pela televisão na terça-feira.

"Qualquer ação que tomarmos será limitada, tanto em tempo quanto em extensão, desenhada para impedir que o governo sírio intoxique seu próprio povo novamente e diminuir a sua capacidade de fazer isso", afirmou Obama.

Há uma semana, Obama afirmou que ataques limitados contra a Síria eram necessários, mas ressaltou que consultaria o Congresso para obter autorização para o uso de força militar.

Tanto parlamentares democratas quanto republicanos não se mostraram muito entusiasmados com o possível ataque, parcialmente porque o povo norte-americano se opõe fortemente em se envolver em outro conflito no Oriente Médio. Uma pesquisa Reuters/Ipsos mostrou que 56% dos norte-americanos acreditam que o país não deve intervir na Síria, enquanto apenas 19% são favoráveis à ação.

Obama fará um discurso aos americanos na terça-feira (10). A expectativa da Casa Branca é que ele já tenha o aval do Congresso. No entanto, segundo pesquisa do jornal "Washington Post", 224 dos 433 membros da Câmara eram contra ou pensavam de maneira negativa sobre uma ofensiva militar. Outros 184 estavam indecisos e apenas 25 manifestavam apoio à intervenção.

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