Forças leais ao ditador contra-atacam rebeldes
Trípoli - Forças leais ao ditador da Líbia, Muamar Kadafi, lançaram ontem um contra-ataque a rebeldes em cidades no leste e no oeste do país, intensificando a ofensiva para reprimir a revolta contra o mandatário, que já dura 21 dias. Intensos confrontos foram registrados nas localidade de Zawiya, Ras Lanuf e Bin Jawad, que haviam sido tomadas pelas forças opositoras.
ONU manda comboio com alimentos para refugiados
Um comboio da ONU levando ajuda humanitária cruzou ontem a fronteira líbia, com destino a Benghazi, levando aproximadamente 70 toneladas de alimentos. A ação faz parte de uma operação de emergência das Nações Unidas para fornecer comida aos países árabes.
Brasil e Índia apostam em solução pacífica
Os ministros das Relações Exteriores do Brasil, da Índia e África do Sul manifestaram ontem expectativa de que os conflitos políticos no Oriente Médio e no Norte da África terminem com resultados pacíficos. Os chanceleres se reuniram em Nova Délhi.
Nova York - O presidente americano, Barack Obama, e o premier britânico, David Cameron, afirmaram ontem que o ditador líbio, Muamar Kadafi, deve deixar o poder imediatamente.
Os dois líderes concordaram em levar adiante planos com possíveis ações contra a Líbia, como a zona de exclusão aérea, vigilância com aviões de espionagem, aplicação do embargo de armas aprovada pela ONU e ajuda humanitária.
A imposição de uma zona de exclusão aérea (repetindo o que ocorreu na Bósnia nos anos 90) foi debatida ontem também pelo Conselho de Segurança da ONU.
A França e o Reino Unido, inclusive, teriam preparado um texto que prevê essa possibilidade. Só que, por enquanto, nenhum documento foi apresentado formalmente, e ele permanece como plano de contingência.
A resolução aprovada há duas semanas pela ONU impondo o embargo de armas e o congelamento de ativos financeiros de Kadafi, familiares e aliados já previa a possibilidade de novas sanções caso o cenário piorasse.
Bens
Os países europeus chegaram ontem a um acordo para ampliar o congelamento para incluir outros ativos que as autoridades líbias poderiam ter acesso, como bens que pertencem ao fundo soberano e ao BC do país.
A aprovação da zona de exclusão aérea não deverá ser fácil. Hoje, em entrevista à Sky News, a secretária de Estado Hillary Clinton frisou que a decisão não deve caber aos EUA e sim à ONU.
Porém, Rússia e China (que têm poder de veto) costumam se opor a intervenções militares. Veio de Pequim a principal dificuldade para aprovar a resolução anterior contra a Líbia.
O chanceler russo, Sergei Lavrov, já afirmou ser contra qualquer tipo de intervenção militar no país africano. "Os líbios precisam resolver seus problemas sozinho.
Na China, a Chancelaria disse que é preciso usar "o diálogo e outros meios pacíficos e também é necessário dar tempo para que as medidas já aprovadas pela ONU comecem a produzir efeito.
A zona de exclusão estabelece um território em que as aeronaves (no caso atual, das forças de Gaddafi) não podem voar. Caso insistam, podem ser abatidas pelas forças internacionais.
A aprovação da medida pela ONU é considerada fundamental pela Otan (aliança militar ocidental) para colocar o plano em prática.
Os ministros da Defesa da aliança vão se reunir hoje em Bruxelas para debater as possíveis ações. Uma ação que já começou a valer é a fiscalização aérea 24 horas por dia do território líbio. Até então, o monitoramento vinha sendo feito durante dez horas diárias.
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