O presidente dos Estados Unidos e vencedor do Nobel da Paz, Barack Obama, recebeu mensagens positivas de autoridades e analistas do Oriente Médio, uma região central da sua política externa. "Nós na Síria acreditamos que a iniciativa de Obama tem sido adequada, e que a Síria está testemunhando passos importantes para corrigir a relação com os EUA," disse Muhammad Habash, membro do Parlamento sírio e diretor do Centro de Estudos Islâmicos em Damasco.
Durante sua campanha para a presidência, Obama sugeriu que iria se aproximar da Síria e do Irã, revertendo a política de seu antecessor, George W. Bush, de isolar esses países. Obama saudou os iranianos pelo Ano Novo Persa e reinstalou um embaixador norte-americano em Damasco.
O presidente dos Estados Unidos também relançou amplas negociações de paz entre Israel e Palestina. Apesar dos avanços limitados, representantes de ambas as partes parabenizaram Obama. "Você nos deu licença para sonharmos e agirmos numa direção nobre", disse o presidente de Israel, Shimon Peres, em comunicado.
Um membro do grupo palestino Hamas, que tomou o poder na Faixa de Gaza, também reagiu positivamente, numa rara declaração favorável ao presidente dos EUA. "Em vez das ameaças e ataques do governo anterior, ele está tentando resolver os problemas norte-americanos por meio da diplomacia," disse Ahmed Yousef, consultor político para o líder do Hamas, Ismail Haniyeh.
Líderes da Europa
A escolha de Obama para receber o Nobel da Paz também foi aplaudida pelo secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Anders Fogh Rasmussen, e pela chanceler alemã, Angela Merkel. O prêmio é um "incentivo ao presidente e a todos nós" para que se faça mais pela paz, afirmou Merkel.
"Em um curto espaço de tempo, Obama conseguiu criar um novo tom em todo o mundo e uma disposição para o diálogo", acrescentou ela. "Eu o parabenizo, e isso é, definitivamente, um incentivo para o presidente e todos nós ajudarmos.
Rasmussen, da Otan, destacou o compromisso de Obama para a paz e os direitos humanos. "Obama fez esforços extraordinários para fortalecer a diplomacia internacional e a cooperação entre os povos. "Ele também demonstrou seu forte compromisso para ajudar a construir a paz e defender os direitos humanos fundamentais, inclusive por meio da Aliança Atlântica", disse Rasmussen. "A honra é merecida." As informações são da Dow Jones