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O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e o presidente da Coreia do Sul, Lee Myung-bak, formaram uma frente contra a Coreia do Norte, dizendo que o governo de Pyongyang precisa abandonar seu programa de armas nucleares e que não será recompensado por provocar uma crise.

"Houve um padrão no passado, segundo o qual a Coreia do Norte comportava-se de forma beligerante e, se esperasse um tempo suficiente, era depois recompensada com alimentos, combustíveis, empréstimos e toda uma série de benefícios", afirmou Obama a jornalistas.

"A mensagem que estamos enviando... é de que vamos romper esse padrão", acrescentou.

Lee reforçou esse ponto, dizendo que a decisão do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) de ampliar as sanções contra a Coreia do Norte demonstrou a resolução firme da comunidade global.

"Os norte-coreanos acabarão entendendo que isso é diferente, que eles não serão capazes de repetir o passado nem as táticas e estratégias passadas", afirmou Lee.

O líder sul-coreano tem mantido uma linha dura com relação à Coreia do Norte, mesmo antes de Pyongyang provocar o aumento das tensões nas últimas semanas ao testar mísseis, reativar uma usina para produzir plutônio para armas e realizar um teste nuclear em 25 de maio.

Lee e Obama afirmaram que também concordaram em iniciar discussões de trabalho para resolver diferenças sobre um acordo bilateral de livre comércio assinado há dois anos.

Obama disse que era preciso que as preocupações da Coreia do Sul com relação à carne dos EUA e as preocupações norte-americanas com o setor automotivo do pacto fossem resolvidas antes de o pacto ser submetido a votação no Congresso.

Durante a campanha eleitoral no ano passado, Obama disse que as cláusulas referentes ao setor automotivo favoreciam muito a Coreia do Sul e pediu que Bush as renegociasse.

Desde que assumiu o poder, Obama ordenou que as autoridades comerciais norte-americanas negociassem com Seul a fim de resolver questões sobre as barreiras ao mercado da Coreia do Sul e ao mesmo tempo comprometessem dezenas de bilhões de dólares dos contribuintes norte-americanos para apoiar a Chrysler e a General Motors.

Lee apoiou o acordo e reuniu-se com o representante comercial dos EUA Ron Kirk, na segunda-feira, para conversar sobre ele.

Mas Seul recusou-se a renegociar as cláusulas do setor automotivo que muitos congressistas norte-americanos consideram questionáveis.

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