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Assistência Médica

Obama edita medida antiaborto para aprovar reforma da saúde

Oponentes ao projeto de reforma da saúde protestam em frente do Congresso, em Washington: mudança é a principal promessa de campanha de Obama | Jason Reed/Reuters
Oponentes ao projeto de reforma da saúde protestam em frente do Congresso, em Washington: mudança é a principal promessa de campanha de Obama (Foto: Jason Reed/Reuters)
Multidão exibe cartazes para exigir do governo Obama a reforma migratória: manifestação coincidiu com a disputa no Congresso pela aprovação da lei da saúde |

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Multidão exibe cartazes para exigir do governo Obama a reforma migratória: manifestação coincidiu com a disputa no Congresso pela aprovação da lei da saúde

Veja as principais dúvidas em relação à proposta de reforma na saúde |

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Veja as principais dúvidas em relação à proposta de reforma na saúde

O presidente dos EUA, Barack Obama, divulgou ontem à tarde uma ordem executiva (equivalente à medida provisória) que abriu o caminho para a provação da reforma da saúde na Câmara dos Representantes (deputados). A medida garante que fundos públicos não serão usados para abortos – o que garantiu o voto de democratas antiaborto reticentes quanto à reforma.

"A ordem executiva dá garantias adicionais de que restrições ao uso de fundos públicos para abortos não poderão ser contornadas’’, disse a Casa Branca em comunicado. Antes dessa última concessão, Obama já havia visto a diluição de várias de suas ideias originais, inclusive desistindo de promover a criação de uma agência pública de seguros em competição com planos privados.

Republicanos, porém, se­­guiam contrários à medida, que não deveria ter um único voto da oposição. Ontem, partidários da direita cercaram o Congresso em protesto contra a aprovação da reforma aos gritos de "Nancy (Pelosi, presidente da Câmara), você vai queimar no inferno por isso’’.

A reforma de saúde pode ser a maior vitória do governo Barack Obama até agora no Congresso. A expectativa da maioria democrata na Câmara era que a lei, que já passou no Senado, e um pacote de emendas orçamentárias seriam aprovados até à meia noite local (1 h de Brasília). Em seguida, Obama faria um discurso à nação.

Universalização

A reforma tornará obrigatória a aquisição de planos de saúde, sob pena de multa, garantirá subsídio a indivíduos de baixa renda e pe­­quenas empresas e impedirá que seguradoras privadas ne­­guem planos a pacientes com do­­enças preexistentes. Também criará um "pool’’ de planos privados com critérios mínimos estabelecidos pelo governo para oferecer seguros aos que não o recebem como benefício empregatício.

Com a mudança na legislação, cerca de 32 milhões dos 46 mi­­lhões de não segurados que o país têm hoje deverão conseguir em breve acesso ao sistema de saúde.

Além de aprovar a lei de reforma, os deputados pretendiam aprovar ontem um pacote de emendas em temas orçamentários, que muda a multa cobrada para quem não tiver plano, au­­menta o subsídio a famílias de baixa renda e adia a data de início de algumas regras.

As mudanças deverão custar US$ 938 bilhões em dez anos, se­­gundo o Escritório de Orça­­mento do Congresso. Financiada por no­­vos impostos e reduções em gastos do governo em programas co­­mo o Medicare (plano de saúde para idosos), porém, a lei reduzirá déficits federais futuros em US$ 143 bilhões, calcula o escritório.

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