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Estados Unidos

Obama enaltece diversidade dos EUA em homenagem ao 11 de setembro

Obama: “Nossa diversidade, nossa herança multicultural, não é uma fraqueza.” | Nicholas Kamm/AFP
Obama: “Nossa diversidade, nossa herança multicultural, não é uma fraqueza.” (Foto: Nicholas Kamm/AFP)

Em uma cerimônia em homenagem aos 15 anos dos atentados de 11 de setembro de 2001, o presidente dos EUA, Barack Obama, citou versículos da Bíblia e pediu aos americanos que abracem a diversidade e não permitam que o terrorismo divida o país.

“Nossa diversidade, nossa herança multicultural, não é uma fraqueza. Ainda é e sempre será uma de nossas grandes forças”, disse Obama.“Esta é a América que foi atacada naquela manhã de setembro. Esta é a América a qual devemos permanecer leais”.

A cerimônia aconteceu no Pentágono, sede do Departamento de Defesa dos EUA e um dos alvos dos atentados que deixaram quase 3 mil mortos, a maioria na cidade de Nova York. O ataque foi reivindicado pelo então líder da Al-Qaeda, Osama bin Laden – morto quase 10 anos depois, durante uma incursão em seu esconderijo no Paquistão, em maio de 2011.

Discurso

Obama citou uma passagem bíblica do livro de Provérbios: “Que o amor e a fidelidade jamais o abandonem; prenda-os ao redor do seu pescoço, escreva-os na tábua do seu coração”.

O presidente acrescentou que a nação jamais esquecerá das pessoas que morreram nos ataques de 11 de setembro.

Obama disse que “grupos extremistas como o grupo Estado Islâmico e a Al-Qaeda sabem que eles nunca poderão derrotar os EUA , então eles se concentram em tentar disseminar o medo”.

“Então eles tentam nos aterrorizar, com a esperança de que possam criar tanto medo que nos viremos uns contra os outros”, declarou.

Hoje, a bandeira americana está hasteada a meio mastro no topo da Casa Branca e em outros edifícios federais. Mais Obama já havia participado de uma cerimônia na Casa Branca, onde foram feitos minutos de silêncio na hora exata em que os aviões atingiram as duas torres do World Trade Center.

Candidatos

Os candidatos à corrida presidencial dos EUA, a democrata Hillary Clinton e o republicano Donald Trump, fizeram uma pausa em suas campanhas e compareceram à cerimônia ao lado de policiais e de parentes das vítimas no ‘Marco Zero’, onde agora existem um museu e o memorial do 11/9 em Nova York. Nenhum dos dois deverá dar declarações públicas.

Em uma referência indireta às polêmicas propostas do candidato à presidência republicano Donald Trump, Obama recordou que os americanos são “pessoas procedentes de todos os cantos do mundo, de todas as cores, todas as religiões e experiências”.

O presidente criticou em várias oportunidades a retórica do candidato republicano à Casa Branca.

Após o ataque de San Bernardino, Califórnia, em dezembro do ano passado, Trump propôs a proibição temporária da entrada de muçulmanos no território americano.

Desde os atentados de 11/9, “a ameaça evoluiu”, disse Obama.

“Com nossas defesas reforçadas, os terroristas tentam com frequência realizar ataques em menor, mas ainda mortal, escala”, afirmou, em referência aos atentados de Boston, San Bernardino ou Orlando.

Os atentados cometidos pela Al-Qaeda em 11 de setembro de 2001 deixaram 2.753 mortos em Nova York, 184 no Pentágono e 40 na Pensilvânia.

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