Reino Unido deslocará mais 500 soldados
AFP
O primeiro-ministro britânico Gordon Brown confirmou ontem ao Parlamento o envio de 500 soldados a mais no Afeganistão em dezembro, o que elevará o contingente britânico a 9,5 mil militares. Brown argumentou que foram cumpridas as três condições que ele próprio havia apresentado, em outubro passado.
O primeiro-ministro lembrou aos deputados que as três condições impostas no dia 14 de outubro foram: equipamentos suficientes, aumento dos contingents de outros países, membros da coalizão e reforço das forças de segurança afegãs. "As tropas suplementares serão mobilizadas neste início de dezembro para reforçar a presença britânica na província de Helmand", declarou Brown.
Precisou que, incluindo as forças especiais e "outras" não especificadas, estacionadas no país, o exército "contará com mais de 10 mil soldados".
Do Salão Oval da Casa Branca, o presidente dos EUA, Barack Obama, lançou ontem a ordem de elevar o número de soldados na guerra do Afeganistão. A decisão foi tomada em um encontro do presidente com alguns dos principais membros de seu governo, entre militares e diplomatas, e será anunciada oficialmente hoje.
Obama se reuniu com o secretário de Defesa, Robert Gates, com a secretária de Estado, Hillary Clinton, com o chefe de gabinete (equivalente no Brasil ao ministro chefe da Casa Civil), Rahm Emanuel, entre outros. Após o encontro, conversou por videoconferência com o comandante das tropas americanas e da Otan, a aliança militar ocidental, no Afeganistão, general Stanley McChrystal.
Obama iniciou ontem um processo de consultas com outros presidentes, em que estavam previstas conversas com o presidente da França, Nicolas Sarkozy, o presidente da Rússia, Dmitri Medvedev, e com o premier do Reino Unido, Gordon Brown. Hoje, antes de anunciar à população o aumento de tropas, o presidente se reunirá com congressistas.
A expectativa é a de que Obama anuncie o envio de cerca de 30 mil soldados ao país e dê algum sinal sobre a perspectiva de retirada. A guerra já se estende há oito anos e apenas 47% dos norte-americanos aprovam o envio de mais tropas, de acordo com recentes pesquisas.
O sucesso ou fracasso da estratégia no Afeganistão terá um papel crítico na avaliação de Obama. Ao contrário da guerra do Iraque, identificada com o antecessor George W. Bush, a do Afeganistão foi chamada por Obama de uma "guerra necessária e ele afirmou que iria "terminar o trabalho, chamando para si a responsabilidade sobre o conflito.
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A guerra
Fonte: Folhapress
Estados Unidos e Grã-Bretanha devem aumentar contingente no conflito.
Como está:
- Há 68 mil militares americanos no país.
- Há 34 mil militares de outros países, sob a Isaf (força internacional liderada pela Otan no Afeganistão). A maior parte é de Reino Unido (9.000), Alemanha (4.050) e França (3.100).
Como deve ficar:
- Obama deve mandar ao país mais 30 mil combatentes dos Estados Unidos.
- Reino Unido anunciou ontem envio de mais 500 soldados.
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