O presidente americano, Barack Obama, deverá prestar uma homenagem às vítimas da última ditadura da Argentina (1976-1983) em sua visita ao país, programada para a próxima semana. Ainda não há informações sobre o local onde ocorrerá o evento.
Na quarta-feira (16), o diretor para a América Latina do Conselho de Segurança da Casa Branca, Mark Feierstein, confirmou a homenagem, mas não deu detalhes.
Dizem que ela será na manhã do dia 24 de março – data em que o golpe de Estado argentino completará 40 anos –, antes de o presidente americano seguir para Bariloche. De início, considerou-se uma visita de Obama à Esma (Escola Superior da Marinha, principal centro de tortura na ditadura).
Após críticas de organizações que procuram parentes desaparecidos durante o período, porém, a ideia teria sido descartada.
22 de março
é quando o presidente Barack Obama desembarca em Buenos Aires, vindo de Cuba. Ele estará com a mulher, Michelle, as filhas Malia e Natasha e a sogra, Marian.
A agenda do mandatário na Argentina já foi alterada duas vezes após críticas em relação à data da viagem.
Manifestações de associações de direitos humanos e de partidos políticos de esquerda costumam ocorrer no dia 24 de março para relembrar o golpe. Esses grupos são contra a presença de Obama nas celebrações devido à colaboração americana com a ditadura.
Para evitar incidentes, a Casa Branca decidiu realizar a viagem para Bariloche, cidade que já recebeu outros dirigentes dos Estados Unidos, como Bill Clinton, em 1997.
A visita de Obama marca a reaproximação da Argentina com os Estados Unidos. A antecessora de Macri, Cristina Kirchner, havia se afastado da principal potência global por questões ideológicas.
O diretor do Conselho de Segurança da Casa Branca elogiou várias vezes o novo governo nesta quarta (16), em entrevista coletiva.
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