Enfraquecida pela crise financeira global, a comunidade empresarial dos Estados Unidos está calculando ansiosamente como o resultado das eleições presidenciais de terça-feira irá afetá-la. Empresas de energia, farmacêuticas e de telecomunicações podem ter que enfrentar mudanças de impostos e outras medidas, não importa quem vá para a Casa Branca. O resultado também irá determinar o quanto as empresas de energia alternativa, as companhias de biotecnologia e pesquisadores de células-tronco serão taxados. Obama promete elevar os impostos corporativos e de renda para famílias que ganham acima de US$ 250 mil. McCain, enquanto isso, promete cortar impostos corporativos e aumentar todas os cortes já realizados pelo atual presidente George W. Bush.
Os sindicatos investiram uma grande quantidade de recursos no democrata Barack Obama e podem se sair fortalecidos se ele for para a Casa Branca. Caso Obama seja o vencedor, os sindicatos podem atingir seu principal objetivo de tornar a organização dos trabalhadores em sindicatos mais fácil. As entidades sindicais querem aprovar uma medida que irá permitir com que as empresas reconheçam a organização de sindicatos se a maioria de seus empregados sinalizarem esta posição através da assinatura de cartões de apoio. A Câmara de Comércio dos EUA não apóia a medida.
Os dois candidatos apóiam a expansão de uso de energias alternativas como a solar e a eólica, através de maiores investimentos no caso de Obama e pelo abatimento de impostos no caso de McCain. Obama propôs investir cerca de US$ 150 bilhões no prazo de 10 anos para acelerar o desenvolvimento de carros híbridos e oferecer energia renovável em escala comercial. McCain favorece a construção de 45 novas usinas nucleares até 2030 e o investimento de US$ 2 bilhões por ano no "carvão limpo". Enquanto McCain sempre foi um crítico no apoio do governo para o etanol, a maioria dos analistas pensa que o suporte do Congresso para o combustível alternativo fará com que o projeto do etanol continue mesmo se McCain for vencedor.