Acusado pela oposição de usar eleitoralmente a ordem que dera para matar o terrorista Osama bin Laden, o presidente Barack Obama amplificou sua campanha e viajou ontem de surpresa para o Afeganistão no primeiro aniversário do assassinato que catapultou sua popularidade.
A ocasião foi coroada com um discurso em rede nacional nos EUA e com a assinatura de uma parceria estratégica com o governo de Hamid Karzai em Cabul.
Esta é a primeira viagem de Obama ao Afeganistão, país que nos anos anteriores ao 11 de Setembro abrigou a rede Al-Qaeda, desde o assassinato de Bin Laden por militares americanos no Paquistão.
O acordo, que levou meses para ser negociado, deve entrar em vigor após o término da campanha militar de 13 anos dos EUA e da Otan (aliança militar ocidental) no país, no fim de 2014.
Por ele, os EUA se comprometem a dar a Cabul auxílio durante dez anos após a retirada, em um momento em que a situação em campo permanece delicada, sobretudo na fronteira com o Paquistão.
Com a definição, na prática, do ex-governador de Massachusetts Mitt Romney como candidato do Partido Republicano à Casa Branca, Obama entrou em modo de operação de campanha.
A viagem ao Afeganistão é parte da estratégia, em uma semana em que ele ainda apresentou o slogan para a reeleição (Forward, para a frente ou avante) e lançou seu primeiro comercial eleitoral abertamente crítico ao rival.
No anúncio, que será exibido em três estados decisivos na eleição de novembro (Virgínia, Iowa e Ohio), Obama lista o que fez para criar empregos e rebate acusações de que ele teria exportado postos de trabalho.
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