O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, inicia nesta sexta-feira um giro pela América Latina, ao chegar ao Brasil. Segundo funcionários da Casa Branca, Obama buscará fortalecer as exportações norte-americanas e expandir oportunidades econômicas. "A viagem é fundamentalmente sobre a recuperação dos EUA, exportações dos EUA e a relação crucial que a América Latina tem em nosso futuro econômico e nossos empregos", afirmou Mike Froman, vice-conselheiro nacional de segurança para temas de política econômica internacional.
Froman disse que o Brasil e outros países da região tiveram um tremendo crescimento econômico nos últimos anos. Esse crescimento, particularmente no número de pessoas que chegam à classe média no Brasil, oferece aos EUA grandes oportunidades.
Obama chega à região em uma época de crescente comércio entre os EUA e a América Central e do Sul. As exportações norte-americanas para a região subiram 86% entre 2004 e 2009 e estão na rota para dobrar nos próximos cinco anos, informou a Casa Branca. As exportações na região foram estimadas em US$ 161 bilhões em 2010, contribuindo para quase 900 mil empregos nos EUA, segundo a Casa Branca.
O Brasil é a primeira parada da viagem. Obama também visitará El Salvador e Chile. Na região, ele irá se encontrar com um grupo de lideranças empresariais brasileiras e norte-americanas. Entre as companhias que devem estar representadas estão a International Paper, a Anadarko Petroleum e a Cummins.
Um sinal da importância econômica da viagem é quem está acompanhando Obama. O secretário do Tesouro, Timothy Geithner, o representante de Comércio, Ron Kirk, a administradora de Proteção Ambiental, Lisa Jackson, e o secretário de Energia, Steven Chu, estão entre os membros da comitiva no Brasil, segundo Froman.
O funcionário disse que a administração Obama vê potencial para crescimento econômico com o Brasil em duas grandes áreas: energia e infraestrutura. O Brasil descobriu nos últimos anos grandes reservas de petróleo e sediará uma Copa do Mundo e uma Olimpíada nos próximos anos. Segundo Froman, a experiência dos EUA no setor de petróleo e na infraestrutura de construção para grandes eventos esportivos pode ser útil para os brasileiros.
Os temores econômicos globais também serão tratados, disse Froman. Segundo ele, é do interesse mútuo de Brasil e EUA que a China tenha uma taxa de câmbio flexível. Autoridades brasileiras já demonstraram preocupação com o yuan, mas também com as políticas econômicas norte-americanas.
As tarifas que incidem sobre o etanol também devem ser discutidas, segundo Froman. Ele não espera, porém, nenhum anúncio sobre o tema. Os dois países produzem quantidades significativas de etanol.
Froman disse que a visita será ainda uma chance para Obama fortalecer sua relação com a nova presidente do Brasil, Dilma Rousseff.
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