O presidente dos EUA, Barack Obama, preferiu não se manifestar sobre o estado de saúde de Hugo Chávez, presidente da Venezuela. Nesta sexta-feira (14), Obama se limitou a dizer que o futuro da Venezuela deve ser decidido pelos venezuelanos.
"O mais importante é lembrar que o futuro da Venezuela deveria estar nas mãos dos venezuelanos", disse Obama, em entrevista concedida à TV Univisión, em Miami.
Obama respondia a uma pergunta sobre qual mensagem gostaria de oferecer aos venezuelanos em Miami sobre a possibilidade de Chávez abandonar o governo.
"Vimos, em Chávez, no passado, políticas autoritárias e repressão a dissidências. Não especularei sobre qual é sua condição médica, mas nossa política está voltada para garantir que os venezuelanos comuns tenham vozes e liberdade, que possam se esforçar para ter êxito neste país."
A relação bilateral entre EUA e Venezuela é complicada, e desde 2010 não é representada por embaixadores em nenhum dos dois países. Famoso pelo antagonismo ao governo americano, Chávez chegou a dizer, em novembro, que Obama deveria "se dedicar a governar seu próprio país e esquecer de invadir outras nações". Na entrevista, Obama destacou que a divergência entre os dois países impede uma relação mais estável.
"Gostaríamos de ver uma relação sólida entre ambos os países, mas não vamos mudar as políticas que têm como prioridade que haja liberdade na Venezuela", disse Obama.
Nesta semana, Hugo Chávez foi submetido à quarta cirurgia, desde que foi diagnosticado com um câncer da região pélvica. Na quinta-feira, o governo da Venezuela informou que o estado de Chávez havia passado de "estável para favorável", mas o ministro da Comunicação, Ernesto Villegas, revelou que o presidente teve "um sangramento" durante a cirurgia, que durou seis horas. O problema teria sido contigo. O chefe de Estado venezuelano está sendo tratado em Havana, Cuba, onde já havia passado por outros tratamentos, como rádio e quimioterapia.
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