A campanha política criada para a reeleição do presidente americano, Barack Obama, lançou seu primeiro vídeo na madrugada desta segunda-feira (4), o que indica a intenção do chefe de Estado de buscar um novo mandato em 2012. "Hoje, estamos apresentando documentos para lançar nossa campanha de 2012", diz Obama em um comunicado. O primeiro vídeo não mostra o presidente americano.

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Obama explicou que, assim como seu governo e seus partidários em todo o país "lutam para proteger o progresso que conquistamos - e por fazer mais -, nós também temos que começar a nos mobilizarmos para 2012, muito antes de que chegue o momento de que eu comece a campanha a sério".

Até o momento, a Presidência havia mantido silêncio sobre as intenções de reeleição de Obama para um segundo mandato de quatro anos, mas durante as últimas semanas as referências se intensificaram. Em janeiro, um porta-voz da Casa Branca disse que a candidatura de Obama era "provável" para as eleições presidenciais de novembro de 2012.

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Parte da imprensa americana indicou durante o final de semana uma possível oficialização dos planos de Obama no início da próxima semana. Segundo o jornal "Politico", que cita "fontes democratas", Obama tinha a intenção de anunciar seus projetos a seus partidários através de mensagens de correio eletrônico, no início desta semana.

Já o "Chicago Sun-Times", um dos jornais do antigo reduto de Obama no Illinois (norte), informou que o atual presidente americano realizaria nesta segunda-feira sua inscrição na agência federal eleitoral.

Assim como fez em 2007-2008, Obama instalará o QG de sua campanha em Chicago, e não em Washington, para restabelecer os laços com os militantes de base do partido Democrata, que deram uma contribuição determinante para a sua vitória.

Várias personalidades de grande influência que fizeram parte da equipe que levou Obama ao poder renunciaram recentemente a seus postos na Casa Branca para se juntarem à organização em Chicago. Entre eles estão o estrategista David Axelrod e Jim Messina, que dirigirá uma campanha que tentará arrecadar entre US$ 750 milhões e US$ 1 bilhão, segundo o "Politico".

Pesquisas de opinião mostram que os americanos se queixam da lentidão da recuperação econômica na era Obama, que registrou uma grande redução em sua popularidade, embora esta mantenha-se relativamente estável, oscilando entre 45% e 48%, segundo as sondagens. Essa queda de popularidade do presidente contribuiu para a derrota dos democratas nas eleições legislativas de novembro de 2010.

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No entanto, os últimos dados sobre o desemprego mostraram na sexta-feira os níveis mais baixos em dois anos, o que poderá ajudar Obama a convencer seus eleitores sobre a eficiência de sua estratégia, contrária ao corte de gastos proposto pelos republicanos, que formam a maioria na Câmara dos Representantes após as eleições de 2010.

A tendência é que nenhum adversário de peso considerável dispute com Obama a candidatura democrata na convenção presidencial de Charlotte (Carolina do Norte, sul), no início de setembro de 2012.

No entanto, existem especulações sobre o nome do republicano que disputará a Presidência. Até agora, apenas Tim Pawlentyuna, ex-governador de Minesota (norte), manifestou formalmente o seu interesse em se candidatar.

Newt Gingrich, ex-presidente da Câmara dos Representantes, considera a possibilidade, enquanto que o ex-governador de Massachusetts (nordeste), Mitt Romney, que foi derrotado por McCain em 2008, parece decidido a se apresentar.

A Constituição americana limita a dois o número de mandatos presidenciais de quatro anos. Desde o final da Segunda Guerra Mundial, apenas um democrata conseguiu dois mandatos completos: Bill Clinton, de 1993 a 2001.

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