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Eleições nos EUA

Obama lidera em Estados cruciais, mas disputa segue indefinida

Michigan, Minessota, Colorado e Wisconsin deram ao democrata Barack Obama uma pequena vantagem sobre o opositor McCain | Chris Keane / Reuters
Michigan, Minessota, Colorado e Wisconsin deram ao democrata Barack Obama uma pequena vantagem sobre o opositor McCain (Foto: Chris Keane / Reuters)

O senador Barack Obama, do Partido Democrata, lidera em quatro Estados cruciais na corrida pela presidência dos Estados Unidos. Porém aparentemente seu desempenho na economia será fator importante para sua campanha, indica uma pesquisa divulgada nesta terça-feira (23).

Obama tem pequena vantagem sobre o republicano John McCain em Michigan, Minnesota, Colorado e Wisconsin, onde a Universidade Quinnipiac realizou novas pesquisas, para o The Wall Street Journal e o Washingtonpost.com. Porém sua liderança não é folgada, o todos esses Estados ainda podem pender para qualquer um dos dois candidatos.

A melhor notícia para o democrata vem do Colorado, onde ele aparece com uma vantagem de quatro pontos percentuais, 49% a 45%, após estar um ponto percentual atrás em agosto. Com isso, o Colorado aparece como uma boa oportunidade para Obama vencer em um Estado que geralmente vota nos republicanos.

Por outro lado, a melhor chance para McCain fazer o contrário - vencer em um Estado geralmente democrata - é em Minnesota. Neste, Obama tem vantagem de 47% a 45%, tecnicamente um empate, pela margem de erro da pesquisa (de 2,7%). Houve uma queda brusca do senador por Illinois, que já ostentou 17 pontos percentuais de vantagem sobre McCain em junho.

Em Michigan, Obama tem uma vantagem de 48% a 44%. Sua maior vantagem está em Wisconsin, com 49% a 42%. O trabalho mostra que as convenções partidárias, bastante acompanhadas pela televisão, aparentemente não tiveram grande impacto nesses Estados cruciais.

Mas a pesquisa sugere que os debates podem determinar o destino dessa eleição. Quase um em cada quatro eleitores afirma que os debates podem fazer com que sua opinião mude.

As pesquisas foram realizadas entre 14 e 21 de setembro, em meio às turbulências vividas pelo mercado financeiro. É ainda difícil avaliar os impactos que a crise terá sobre os eleitores, a longo prazo. Porém é claro que o tema da economia ganhou ainda mais importância, sendo apontado como preocupação número 1 pela maioria dos eleitores em todos os Estados.

Há alguns indícios de que Obama pode ser beneficiado pela crise, a menos que McCain consiga mudar seu posicionamento em relação ao tema até as eleições, em 4 de novembro. "O senso comum nos diz que esses eventos definitivamente trabalham para beneficiar o senador Barack Obama", avaliou o diretor-assistente do Instituto de Pesquisas da Universidade Quinnipiac, Peter Brown.

A vantagem de McCain, segundo o analista, é que a crise ocorre agora, e não no fim de outubro, por exemplo, quando seria muito tarde para o republicano avançar em seu discurso sobre economia. "Se o Congresso e a administração (de George W. Bush) encontrarem uma solução que tire o assunto das manchetes, isso provavelmente seria melhor para McCain", afirmou Brown.

O temor em relação ao setor financeiro também favorece o desejo pela mudança em Washington, aponta a sondagem. Segundo Brown isso também favorece Obama, visto pela maioria nos quatro Estados como o mais capaz de trazer essa mudança.

Porém a maioria dos eleitores acredita que um governo Obama significaria aumento nos impostos. No caso de McCain, a impressão da maioria é que não haveria alterações nesse quesito.

Mulheres brancas

Um grupo que pode ser crucial para a vitória de Obama é o das mulheres brancas. Os candidatos estão virtualmente empatados entre essa parcela da população em quase todos os Estados, exceto em Wisconsin, onde Obama lidera por 11 pontos entre elas.

Já o senador McCain avançou entre os eleitores jovens, com idades entre 18 e 34 anos, em Wisconsin, Colorado e Michigan. A melhoria pode estar ligada à escolha de sua companheira de chapa republicana, a governadora do Alasca, Sarah Palin, de 44 anos - 28 a menos que McCain. As informações são da Dow Jones.

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