Na Rússia
Sentimento antiocidental atinge maior nível em 25 anos
O sentimento antiocidental na Rússia atingiu o maior nível desde a Guerra Fria, segundo uma pesquisa divulgada ontem pelo centro de estudos de opinião pública Levada.
De acordo com a pesquisa, 81% da população russa tem um sentimento negativo sobre os EUA, enquanto 42% dos entrevistados se consideram claramente hostis as relações russo-americanas.
Além disso, 71% dos indagados afirmaram ter um sentimento negativo sobre a União Europeia (UE), e 21% acredita que Moscou e Bruxelas estão em confronto.
Apesar disso, 40% se manifestou a favor de uma melhora das relações entre Rússia e Ocidente, segundo a pesquisa.
O resultado da pesquisa revela um forte crescimento dos ânimos antiocidentais na Rússia, pois em dezembro 74% da população sentia antipatia em relação aos EUA e 63% em relação à UE.
"Atualmente se observa a pior atitude dos russos nos últimos 25 anos em relação ao Ocidente e aos EUA devido à situação com a Ucrânia e à incompreensão sobre as causas das sanções do Ocidente contra a Rússia", afirmou o vice-diretor do Levada, Alexei Grazhdankin.
A Rússia atravessa uma recessão econômica provocada por fatores como a queda do preço do petróleo e as sanções ocidentais impostas por seu envolvimento na crise ucraniana.
81% da população russa tem um sentimento negativo sobre os EUA, segundo uma pesquisa divulgada ontem pelo centro de estudos Levada.
O presidente de EUA, Barack Obama, afirmou ontem que se a via diplomática para resolver a crise na Ucrânia "fracassar", avaliará "todas as opções" disponíveis, entre elas a entrega de armamento a Kiev, embora acrescentou que ainda não tomou uma decisão a respeito.
Obama disse ter discutido esse tema ontem com a chanceler alemã, Angela Merkel, com quem ofereceu uma entrevista coletiva conjunta na Casa Branca, e que consultará outros países aliados antes de tomar uma decisão.
Ao insistir que a decisão não está tomada e sem fixar um prazo para isso, Obama declarou que sua equipe está considerando medidas "adicionais" para "ajudar a Ucrânia a reforçar suas defesas frente à agressão separatista".
O líder ressaltou que os rebeldes pró-Rússia na Ucrânia "violaram todos os compromissos" estabelecidos no ano passado para resolver a crise e acusou a Rússia de enviar "mais tanques" em apoio aos separatistas, mas insistiu várias vezes que os Estados Unidos seguem buscando e confiando em uma solução "diplomática".
"Uma das coisas pelas quais estou muito encorajado é pelo grau que fomos capazes de manter a unidade entre EUA e Europa neste tema", acrescentou.
Por sua vez, Merkel reiterou que não apoia uma solução militar ao conflito na Ucrânia, mas especificou que sua aliança com os EUA se manterá "sólida" inclusive se o governo de Obama decidir entregar armamento a Kiev.
Sanções
Enquanto isso, os ministros das Relações Exteriores da União Europeia (UE) aprovaram hoje novas sanções contra russos e ucranianos por desestabilizar a Ucrânia, mas acordaram adiar sua entrada em vigor, à espera do resultado da cúpula entre os líderes da Rússia, Ucrânia, França e Alemanha prevista para amanhã em Minsk.
"Todos achamos que a solução da crise na Ucrânia só pode ser política. É nosso dever dar uma oportunidade a esta tentativa que estamos conduzindo", disse a chefe da diplomacia comunitária, Federica Mogherini, em entrevista coletiva logo após a reunião do conselho de titulares das Relações Exteriores da UE.
"Se tivermos boas notícias em Minsk, se houver uma perspectiva para a paz, poderíamos revogar essas sanções ou decidir pela não-entrada em vigor", destacou José Manuel García-Margallo, ministro de Relações Exteriores e Cooperação da Espanha.
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