Obama apresenta o secretário de Agricultura, Tom Vilsack (na frente), e Ken Salazar (no fundo) para o Interior| Foto: Nicholas Kamm/AFP

Casa Branca prepara guia contra crises

A Casa Branca preparou uma série de planos de contingência para orientar o presidente eleito dos EUA, Barack Obama, no caso de ele enfrentar uma crise internacional nos primeiros dias de governo, noticiou o New York Times. As orientações fazem parte de uma ampla operação que tem o objetivo de atenuar o processo da primeira transição de poder desde os atentados terroristas de 11 de setembro de 2001.

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Washington - O escolhido de Barack Obama para comandar o Departamento da Agricultura é um político que já defendeu o fim da tarifa cobrada do etanol brasileiro e do subsídio federal dado aos produtores do combustível nos EUA. Se Tom Vilsack vai manter essas posições polêmicas no governo é algo que tanto a bancada ruralista quanto a comunidade internacional observarão com atenção.

Em entrevista coletiva em Chicago, em que apresentou o novo nome para seu governo, o presidente eleito citou a defesa que o ex-governador de Iowa faz da "energia verde" e do "etanol celulósico" –, mas nenhum dos dois mencionou tarifa nem subsídio.

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Como governador por dois mandatos em Iowa, o segundo maior Estado agrícola dos EUA, Vilsack é considerado uma ovelha negra pela poderosa bancada ruralista do Congresso. "O ex-governador é um grande defensor do biocombustível", disse Joel Velasco, representante-chefe nos EUA da Unica, a União da Indústria de Cana-de-Açúcar.

Já o novo secretário do Interior, o segundo indicado do dia, causou espécie em parte dos ambientalistas americanos – e não por ter aparecido na entrevista de chapéu de caubói. Ken Salazar terá de equilibrar a preservação de terras públicas e reservas e a necessidade de exploração de novas áreas para energia – mas é visto como mais interessado na segunda ação.

Celebridade

Ainda ontem, a revista americana Time anunciou Obama como "Personalidade do Ano" de 2008. "Por ter a confiança de planejar um futuro ambicioso em um momento sombrio, e por demonstrar a competência que deixa os americanos esperançosos de que obterá sucesso, o presidente eleito é a Personalidade do Ano da Time", informa a revista.