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General David Petraeus (centro) deixa o comando de guerras para dirigir a CIA | Jason Reed/Reuters
General David Petraeus (centro) deixa o comando de guerras para dirigir a CIA| Foto: Jason Reed/Reuters

Washington - Diante de uma série de guerras no exterior e de uma grave crise orçamentária interna, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, anunciou ontem uma importante reforma em sua equi­­pe de segurança nacional.

Obama indicou o atual diretor-geral da Agência Central de Inteligência dos EUA (CIA, por suas iniciais em inglês), Leon Pa­­netta, para substituir o secretário de Defesa Robert Gates à frente do Pentágono depois que este se aposentar, o que deve ocorrer dentro de algumas semanas. Pa­­ra o lugar de Panetta à frente da CIA, Obama indicou o general David Petraeus, atual comandan­­te das guerras travadas pelos EUA no Iraque e no Afeganistão.

"Estes são os líderes que eu escolhi para nos ajudar a atravessar os dias difíceis que teremos pela frente", declarou Obama em cerimônia na Casa Branca du­­rante a qual estava acompanhado de Gates, Panetta, Pe­­traeus e outras importantes autoridades norte-americanas.

"Recorrerei a eles e a toda a mi­­nha equipe de segurança na­­cional em busca dos conselhos, da continuidade e da união de esforços que este momento da his­­tória exige", prosseguiu Obama.

Senado

A dança das cadeiras da equipe de segurança nacional norte-americana exige aprovação do Senado. O objetivo aparente de Obama é garantir o maior grau possível de continuidade em suas políticas, instalando em novos cargos alguns nomes de confiança já acostumados com as diretrizes do governo nas questões de diplomacia e guerra.

O trabalho de Petraeus será continuado pelo general de divisão John Allen, dos Corpos de Fuzileiros Navais, atual vice-co­­mandante do Comando Central dos EUA, que supervisiona as operações militares norte-americanas em todo o Oriente Médio, inclusive no Afeganistão, no Pa­­quistão e no Iraque.

O experiente diplomata Ryan Crocker será o novo embaixador norte-americano no Afeganistão.

A tão esperada reorganização corresponde menos a uma reforma e mais a uma troca de posições entre uma equipe que, na avaliação da Casa Branca, já fez um bom trabalho na organização da redução das operações americanas no Iraque e na am­­pliação do efetivo americano no Afeganistão, e que agora se prepara para dar início a uma retirada gradual deste país.

As mudanças foram motivadas pela intenção de Gates de apo­­sentar-se no meio deste ano. Re­­publicano nomeado para o cargo pelo então presidente Geor­­ge W. Bush, o respeitadíssimo secretário da Defesa quis deixar o posto quando Obama assumiu a presidência, mas este o convenceu a permanecer no governo.

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