O presidente americano, Barack Obama, conversou por telefone hoje (12) com o presidente filipino, Benigno Aquino, para manifestar seu pesar pela destruição deixada pelo tufão Haiyan e para coordenar a ajuda dos Estados Unidos a esse arquipélago.

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Obama transmitiu a Aquino "profundas condolências pelas vidas perdidas e pelo dano causado" pelo tufão, afirmou o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney.

O presidente americano ordenou que seu governo prepare "uma resposta rápida e coordenada para salvar vidas e fornecer ajuda para aliviar o sofrimento", disse Carney à imprensa.

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O assessor acrescentou que o porta-aviões "USS George Washington" e outras embarcações já foram enviadas para as Filipinas.

Navios

Um porta-aviões dos EUA partiu hoje em direção às Filipinas para acelerar os trabalhos de auxílio às vítimas do tufão Haiyan.

O porta-aviões USS George Washington, que é movido a energia nuclear e leva mais de 5.000 tripulantes e 80 aeronaves, já tem a companhia de quatro navios dos EUA, e outros dois devem chegar nos próximos três dias, informou o Pentágono.

"O tempo está bastante ruim lá, então estamos limitados pelos mares e pelo vento", disse o capitão Thomas Disy, comandante do USS Antietam, um cruzador que é parte do grupo do porta-aviões, a jornalistas em Hong Kong. "Mas iremos o mais rapidamente possível."

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A Grã-Bretanha também está enviando um navio militar com equipamento para tornar potável a água do mar, além de um avião de transporte militar. A embarcação HMS Daring já deixou Cingapura e deve chegar às Filipinas em dois ou três dias.

Calamidade

Mantimentos chegam sem parar a Tacloban, capital da província de Leyte, passando por estradas ladeadas por cadáveres e destroços. Equipes humanitárias enfrentam dificuldades para alcançarem cidades e povoados ainda isolados, e só depois que isso acontecer será possível dimensionar as perdas de vidas e patrimônio.

"Há centenas de outras cidades e aldeias espalhadas por milhares de quilômetros que estavam na rota do tufão e com as quais todas as comunicações foram interrompidas", disse Natasha Reyes, coordenadora de emergências da ONG Médicos Sem Fronteiras nas Filipinas.

"Ninguém sabe qual é a situação nesses lugares mais rurais e remotos, e vai demorar algum tempo até termos um quadro completo."

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Reyes descreveu essa devastação como algo inédito nas Filipinas, um arquipélago muito propenso a desastres, com mais de 7.000 ilhas e a passagem de cerca de 20 tufões por ano. Ela comparou a tempestade a "um violento terremoto seguido por enormes inundações".

Cerca de 660 mil pessoas estão desabrigadas, muitas delas sem acesso a água, alimentos ou remédios, segundo a ONU.

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