O presidente dos EUA, Barack Obama, pediu a seu colega chinês, Hu Jintao, que se some à pressão internacional contra o programa nuclear do Irã, mas Hu não se comprometeu abertamente com novas sanções à Teerã, segundo relatos oficiais feitos na sexta-feira.
A conversa ocorreu na noite de quinta-feira (manhã de sexta em Pequim), num telefonema que se seguiu ao anúncio feito na quarta-feira pela China de que iria negociar seriamente a possibilidade de novas sanções da ONU ao Irã.
"O presidente Obama salientou a importância de trabalharmos juntos para assegurar que o Irã cumpra suas obrigações internacionais", disse nota da Casa Branca.
"A ideia é continuar aumentando a pressão", acrescentou Obama em entrevista à CBS, gravada durante a semana e transmitida na sexta-feira. "Vamos apertar a pressão e examinar como eles respondem, mas vamos fazê-lo com uma comunidade internacional unificada."
De passagem por Pequim, o principal negociador nuclear iraniano, Saeed Jalili, adotou um tom desafiador, mas sem dar sinais de que teria convencido a China a desistir de discutir novas sanções no Conselho de Segurança da ONU.
Potências ocidentais acusam o Irã de tentar desenvolver armas nucleares, apesar de a República Islâmica insistir que seu objetivo é exclusivamente pacífico. A China e em menor medida a Rússia, que têm grandes interesses econômicos no Irã, passaram meses relutando em aceitar uma quarta rodada de punições contra o programa atômico iraniano. Esses dois países têm poder de veto no Conselho de Segurança da ONU.
"Acho que o Irã agora não tem mais esperança de que a China mantenha sua posição de poucos meses atrás, em que se opunha fortemente a impor novas sanções", disse Shi Yinhong, professor de relações internacionais da Universidade Renmin, de Pequim. "A China já abandonou essa posição."
Jalili disse na sexta-feira a jornalistas, após reunião com o chanceler chinês, Yang Jiechi, que ambas as partes concordaram que as sanções haviam "perdido sua eficácia."
"Consideramos as sanções como oportunidades", disse Jalili separadamente à agência estatal de notícias iraniana, a Irna. "Vamos continuar nosso caminho (nuclear) de modo mais decidido."
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