Para derrotar o Estado Islâmico (EI), Washington quer uma "estratégia regional" com o apoio de parceiros americanos no Oriente Médio. A afirmação foi feita pelo presidente Barack Obama depois de se encontrar com o Conselho Nacional de Segurança dos EUA. O Pentágono ficou encarregado de preparar um dossiê com opções de como enfrentar os militantes islâmicos.
Obama pediu para o secretário de Estado, John Kerry, viajar ao Oriente Médio e consolidar uma coalizão regional contra os jihadistas. "Ainda não temos uma estratégia", disse Obama, na Casa Branca, mas ressaltou que as opções militares que pediu ao chefe do Estado-Maior Conjunto se concentram em "assegurar que o EI não tome as rédeas do Iraque".
O grupo liderado por Abu Bakr al-Baghdadi domina hoje áreas da Síria e do Iraque, incluindo parte da produção iraquiana de petróleo, o que faz do EI a organização terrorista mais rica do planeta, com fundos de US$ 2 bilhões.
Kerry viajará ao Oriente Médio depois da cúpula da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) no País de Gales, prevista para os dias 4 e 5 de setembro. Datas e países a serem visitados ainda não foram definidos.
Neste mês, os EUA realizaram bombardeios seletivos contra posições do EI no Iraque a fim de proteger instalações e pessoal americano no país. A decapitação do jornalista americano James Foley por um militante do EI aumentou a pressão sobre os EUA, que ainda não responderam ao assassinato.