O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, advertiu nesta terça-feira (13) que o risco de um ataque nuclear tem crescido desde o fim da Guerra Fria. Obama pediu aos líderes mundiais que tomem atitudes para garantir que os arsenais nucleares fiquem em segurança. "Hoje é uma oportunidade, não apenas para falar, mas para agir", disse Obama, segundo comentários preparados para seu discurso no início do segundo dia do encontro sobre segurança nuclear em Washington. "Não apenas para fazer pedidos, mas para haver progresso real para a segurança de nossos povos."
A Casa Branca divulgou trechos dos comentários de Obama que foram lidos durante o encontro com quase 50 líderes globais reunidos no Washington Convention Center. O encontro busca mobilizar os líderes para que protejam melhor seus materiais nucleares. Ontem, a Casa Branca teve sua primeira vitória. A Ucrânia fechou acordo para eliminar seu estoque de urânio altamente enriquecido até o próximo encontro nuclear, em 2012.
Em seu discurso, Obama notou que o terrorismo nuclear é uma das maiores ameaças à segurança global, qualificando como uma "cruel ironia da história" o fato de que, 20 anos após o fim da Guerra Fria, o risco de um ataque nuclear tenha aumentado enquanto a chance de uma guerra nuclear entre nações tenha diminuído.
"Materiais nucleares que poderiam ser vendidos ou roubados e transformados em arma nuclear existem em dezenas de nações", disse. "Apenas uma pequena porção de plutônio - do tamanho de uma maçã - poderia matar e ferir centenas de milhares de pessoas inocentes."
Obama afirmou que redes terroristas como a Al-Qaeda "têm tentado adquirir material para um arma nuclear, e se eles alguma vez conseguirem, certamente irão usá-la". "Se eles o fizerem, seria uma catástrofe para o mundo, causando extraordinária perda de vidas e representando um grande revés para a paz global e a estabilidade."
Coreia do Sul
Obama também anunciou que o próximo encontro sobre segurança nuclear, em 2012, ocorrerá na Coreia do Sul. "Isso reflete a liderança regional e global da Coreia do Sul", afirmou Obama. "Eu garanto a vocês, vou fazer o melhor para tornar o próximo encontro um sucesso", afirmou o presidente sul-coreano, Lee Myung-bak. A notícia pode criar polêmica com a Coreia do Norte, cujo programa nuclear tem sido alvo de controvérsia internacional.
Bolsonaro e mais 36 indiciados por suposto golpe de Estado: quais são os próximos passos do caso
Bolsonaro e apoiadores reagem a relatório da PF que indiciou 37. Assista ao Entrelinhas
Deputados da base governista pressionam Lira a arquivar anistia após indiciamento de Bolsonaro
Otan diz que uso de míssil experimental russo não vai dissuadir apoio à Ucrânia