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Presidente Barack Obama em visita a Estocolmo, capital da Suécia, onde falou sobre os episódios que envolvem espionagem | Villiam Stokstad/Reuters
Presidente Barack Obama em visita a Estocolmo, capital da Suécia, onde falou sobre os episódios que envolvem espionagem| Foto: Villiam Stokstad/Reuters

Investigação

O presidente do México, Enrique Peña Nieto, afirmou ontem que pedirá ao presidente dos EUA, Barack Obama, investigação das suspeitas de espionagem feitas pela Agência de Segurança Nacional americana (NSA, na sigla em inglês) durante a campanha eleitoral mexicana, no ano passado. Peña Nieto teria sido investigado durante a campanha eleitoral, em julho de 2012, quando era líder nas pesquisas. No mesmo período, foi monitorada a comunicação entre presidente brasileira, Dilma Rousseff, e seus assessores, assim como dos assessores entre eles e com terceiros.

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse ontem, em Estocolmo, que pediu para sua equipe de segurança nacional rever os procedimentos de inteligência após as revelações de suposta espionagem americana em cima de outros países.

Em entrevista na capital sueca, Obama afirmou que deu instruções para que a área de inteligência consiga equilibrar os "fins" com os "meios". Ele admitiu ainda que há situações em que informações coletadas não interessam para a área de segurança, mas que isso acaba invadindo áreas de outros governos.

"Não é porque nós podemos fazer alguma coisa que significa que devemos fazê-la", disse o presidente. "Pode haver situações em que estamos coletando informações só porque nós podemos e que não nos ajudam na segurança nacional e que, entretanto, levantam questões se estamos nos movendo para ser muito intrusivos em relação a interações de outros governos. E é isso que estamos agora revendo cuidadosamente", ressaltou.

Segundo Obama, os Estados Unidos monitoram outros países para "entender melhor" o que ocorre em todo o mundo. Ele afirmou ainda que não há qualquer interesse em invadir a privacidade das pessoas. "Como outros países, nós temos uma operação de inteligência que tenta entender melhor o que está acontecendo no mundo", afirmou. "Quando se trata de coletar dados de inteligência internacional, nosso foco é contraterrorismo, armas de destruição em massa, a segurança cibernética."

Brasil

É a primeira vez que Obama se pronuncia sobre o tema depois da polêmica envolvendo a suposta espionagem dos EUA em cima do governo da presidente Dilma Rousseff. O caso foi revelado no domingo pelo programa "Fantástico" e causou indignação dentro do governo brasileiro. A presidente chegou a ameaçar cancelar visita oficial aos EUA marcada para outubro.

Obama não mencionou o caso envolvendo o Brasil. O presidente dos EUA respondeu a uma pergunta de um jornalista sueco sobre a reação negativa de parte do mundo ao governo dele após as revelações de Edward Snowden, ex-técnico da Agência de Segurança Nacional (NSA).

O presidente afirmou ainda que a polêmica cresce porque o seu país tem uma capacidade muito grande na área de inteligência. "Eu posso assegurar para o público da Europa e do mundo que não estamos bisbilhotando os e-mails das pessoas ou ouvindo seus telefonemas. O que tentamos fazer é direcionar especificamente para áreas."

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