O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, estimulou os africanos neste domingo, 26, a rebelar-se contra “o câncer da corrupção” para ultrapassar um obstáculo que impediu o desenvolvimento do continente.
“Na África há muitos países que sofrem este problema, e se tolera porque sempre esteve por aí”, disse Obama em discurso pronunciado em um abarrotado ginásio poliesportivo de Nairóbi.
Segundo o presidente americano, “será preciso tomar decisões difíceis, mas o progresso requer que se enfrente os cantos mais obscuros do passado”, razão pela qual líderes políticos, sociedade civil e cidadãos deverão trabalhar juntos para reverter esta situação.
A luta contra a corrupção só será efetiva se houver “leis duras”, mas também “um povo que se levante e diga basta”, ressaltou.
Apesar dos evidentes problemas que padece este país por causa da corrupção, Obama louvou o governo queniano por suas iniciativas para combatê-la, como o recente relatório no qual apontava políticos de alto escalão que tinham casos pendentes de investigação.
Após uma reunião com a sociedade civil queniana, Obama terminará uma visita oficial de dois dias ao Quênia, a terra natal de seu pai, na qual inaugurou a sexta edição da Cúpula Global de Empreendedores e se reuniu com o presidente do país, Uhuru Kenyatta, para negociar acordos bilaterais e de segurança.
Obama partirá hoje mesmo à vizinha Etiópia, outro aliado-chave do Ocidente em matéria de segurança, mas muito questionado internacionalmente no âmbito dos direitos humanos, para se reunir com líderes locais e da União africana, onde pronunciará um discurso na próxima terça-feira.