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Chelsea Manning, em foto divulgada pelo Exército norte-americano | HO/AFP
Chelsea Manning, em foto divulgada pelo Exército norte-americano| Foto: HO/AFP

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, decidiu nesta terça-feira (17) comutar (abreviar, em uma espécie de perdão) a pena de prisão para Chelsea Manning, ex-analista do Exército que cumpre 35 anos por vazar informações secretas do governo para o site WikiLeaks. A decisão foi anunciada junto com outras 200 comutações e dezenas de perdões pela Casa Branca, três dias antes de ele deixar o posto.

A Casa Branca emitiu um perdão no caso de James Cartwright, general de quatro estrelas reformado, por relatar incorretamente discussões com jornalistas sobre informações secretas do programa nuclear do Irã. Outras ações incluem um perdão para Willie McCovey, membro do Hall da Fama do Beisebol, que admitiu em 1995 preencher dados falsos em seus impostos e foi sentenciado a uma multa de US$ 5 mil em 1996.

A comutação de pena para Manning, que será libertado em 17 de maio deste ano, de acordo com a decisão do presidente, atraiu críticas dos republicanos. O senador Tom Cotton afirmou que não entende como o presidente sente “compaixão especial por alguém que ameaçou as vidas de nossas tropas, de diplomatas, agentes de inteligência e aliados”. “Nós não devemos tratar um traidor como um mártir.”

Em agosto de 2014, menos de 24 horas após ser sentenciado por ser a fonte de um dos maiores vazamentos de informações secretas da história dos EUA, Bradley Manning disse que desejava receber terapia hormonal e ser conhecida por um novo nome, Chelsea. Em 2016, o Exército concordou que ela recebesse tratamento médico por transtorno de identidade de gênero. A decisão de Obama reconhece as dificuldades de um soldado transgênero que cumpre sentença em uma prisão masculina. Manning tentou o suicídio duas vezes no ano passado.

A União pelas Liberdades Civis Americana e a Anistia Internacional emitiram comunicados elogiando a decisão.

Fonte: Dow Jones Newswires.

Perfil do WikiLeaks no Twitter comemora a decisão

Edward Snowden também comemora a decisão

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