A Casa Branca pediu ao Pentágono que faça recomendações preliminares sobre a presença militar norte-americana no Afeganistão em 2014, num primeiro passo para o planejamento da retirada final das forças, apesar da sombria perspectiva da segurança no país.
Uma fonte familiarizada com o assunto disse que assessores do presidente Barack Obama fizeram consultas sobre cenários para 2014. Como parte desse processo, o Pentágono deve verificar o nível das tropas para 2013 - sugerindo retiradas adicionais às dos 33 mil soldados enviados como reforços no governo Obama, e que devem sair até setembro do ano que vem.
"O planejamento para o nível das tropas em 2013 e 2014 está agora na fase preliminar", disse Bruce Riedel, ex-funcionário da CIA que esteve envolvido na redefinição da estratégia para o Afeganistão depois da posse de Obama, em 2009, e que continua muito ligado à Casa Branca.
Obama e líderes aliados se comprometeram no ano passado em entregar até 2014 o controle da segurança afegã ao governo do país. E, numa viagem à Ásia na semana passada, o secretário de Defesa, Leon Panetta, disse que o general John Allen, comandante dos EUA no Afeganistão, está desenvolvendo um plano para a retirada gradual do contingente.
Até agora, no entanto, não havia sido noticiado o pedido da Casa Branca de um planejamento detalhado.
O conflito no Afeganistão, iniciado logo depois dos atentados de 11 de setembro de 2001 nos EUA, é extremamente impopular entre os norte-americanos, e o governo quer acabar com ele para poder dedicar mais atenção à economia.
No mês passado, Obama anunciou que retirará todos os soldados dos EUA do Iraque até o final do ano.
Quanto ao Afeganistão, a Casa Branca ainda não anunciou nenhum plano além da retirada em setembro de 2012 do reforço enviado em 2009. Depois disso, os EUA devem permanecer com 68 mil soldados no Afeganistão, e uma retirada muito acelerada deve desagradar o Pentágono, preocupado com a instabilidade no país. A ONU diz que o Afeganistão vive seu momento mais violento em dez anos de guerra.
No sábado, um carro-bomba matou 17 pessoas em Cabul, inclusive 13 soldados e funcionários civis das forças da Otan, num ataque que gera novos questionamentos sobre a segurança no país.
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