O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, cogita cancelar sua viagem a Moscou para um encontro com o presidente russo, Vladimir Putin, planejada para setembro, por consequência do litígio entre os dois países pelo destino de Edward Snowden, dentre outras desavenças, informou nesta quinta-feira o jornal "The New York Times".

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A Casa Branca anunciou a reunião de Moscou em junho. Seria mais uma parada da viagem de Obama a São Petersburgo para a reunião anual do G20.

Segundo fontes oficiais citadas pelo jornal, Obama mantém a agenda em São Petersburgo, mas agora está reconsiderando a parada em Moscou devido a Snowden e outras questões que estão esfriando as relações entre os dois países.

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"O presidente tem a intenção de viajar à Rússia para a Cúpula do G20", disse nesta quarta-feira o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney. "E não tenho mais anúncios para fazer além do que já dissemos sobre as viagens do presidente à Rússia no outono."

A avaliação de cancelamento da viagem pode representar uma verdadeira preocupação da administração Obama com a possibilidade de o Kremlin permitir que o ex-técnico da CIA se refugie na Rússia, já que Snowden se encontra no terminal internacional do aeroporto de Moscou há semanas.

A Casa Branca pediu à Rússia que extradite o ex-funcionário do governo americano para que ele possa enfrentar as acusações de espionagem.

O jovem de 30 anos enviou uma solicitação de asilo temporário à Rússia na última terça-feira, na qual alegou que sofre perseguição do governo americano, onde poderia enfrentar a tortura ou a morte, disse.

Se o Kremlin aprovar a solicitação, Snowden poderia viajar legalmente a alguns países que lhe ofereceram asilo político, como Bolívia, Nicarágua e Venezuela.

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Por outra parte, os Estados Unidos lamentaram hoje a condenação a cinco anos de prisão do líder de oposição russo, Alexei Navalni, em um julgamento marcado pelo "abuso ao devido processo" que revela uma "preocupante tendência" à eliminação da dissidência na Rússia.

"Estamos muito decepcionados pela condenação e sentença do líder da oposição Alexei Navalni, junto a Piotr Ofitsérov, a longas penas de prisão por suposto desvio em um tribunal da cidade de Kirov", disse uma porta-voz do Departamento de Estado, Marie Harf, em entrevista coletiva.

A condenação chega uma semana após outra sentença muito criticada, a imposta de forma póstuma por evasão de impostos ao advogado Sergei Magnitski.

Os Estados Unidos responsabilizam uma série de funcionários russos da morte de Magnitski em 2009, e criaram uma lista negra que impõe sanções, como restrições de viagem e congelamento de ativos.