Durante sua turnê por países africanos, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, pressionou a Etiópia nesta segunda-feira (27) para manter a luta contra o al-Shabaab, um dia após o grupo extremista matar 13 em um hotel na vizinha Somália.
“As tropas etíopes ajudaram a reduzir o espaço controlado pelo al-Shabaab”, ressaltou o líder americano em uma entrevista coletiva conjunta com o primeiro-ministro etíope, Hailemariam Desalegn, na capital Addis Ababa.
Quênia e Etiópia, os dois países visitados por Obama nos últimos dias, são considerados chave no combate à milícia filiada à al-Qaeda. O presidente advertiu que a Etiópia enfrenta sérias ameaças, mas garantiu que os Estados Unidos estarão ao lado do país “se o povo etíope der passos em direção ao progresso”.
No domingo, o al-Shabaab, que opera na Somália, colidiu um caminhão cheio de explosivos contra a parede exterior do Jazeera Hotel, um dos mais seguros da capital Mogadíscio.
O ataque acontece em um momento em que forças somalis apoiadas por tropas da União Africana lançaram uma ofensiva, batizada de Operação Corredor Jubba, contra os militantes, empurrando-os para fora de duas cidades principais. A coalizão já expulsou o al-Shabaab da capital.
Irã
Sobre o Irã, Obama disse que ainda não ouviu um argumento forte contra o acordo nuclear, e criticou a retórica de alguns membros do Partido Republicano contra o pacto alcançado entre Teerã e as potências mundiais.
Obama afirmou que a maioria dos cientistas nucleares e especialistas em não proliferação do mundo apoiou o acordo de 14 de julho, indicando que era a melhor maneira de impedir o Irã de obter armas nucleares.
“Existe uma razão para 99% do mundo achar que é um bom acordo, porque é um bom acordo”, disse o presidente Obama. “A boa notícia é que ainda não ouvi um argumento factual no outro lado que mantenha-se ao escrutínio.”
Obama disse que a retórica de Mike Huckabeee, que busca a candidatura republicana à Presidência dos EUA, faz parte de um padrão de comentários ridículos e tristes.
Ele também criticou comentários do pré-candidato republicano Donald Trump sobre o veterano de guerra John McCain, dizendo que o debate presidencial merece ser mais elevado.