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Oriente Médio

Obama pressiona, mas acordo de paz não avança

Nova Iorque - O presidente Barack Obama pressionou ontem os dirigentes israelense e palestino, mas não conseguiu convencê-los a voltar à mesa das negociações. "Acabou-se o tempo de simplesmente iniciar negociações; chegou a hora de avançar, de mostrar flexibilidade, bom senso e o espírito de consenso necessário para atingir nossos objetivos. As negociações sobre o estatuto permanente devem começar, e devem começar rapidamente", declarou Oba­­ma minutos antes de reunir o primeiro-ministro de Israel, Ben­­jamin Netanyahu, e o presidente da Autoridade Palestina, Mah­­mud Abbas, à margem da As­­sem­­bleia Geral das Nações Uni­­das em Nova Iorque.

Obama foi o primeiro a reunir Netanyahu e Abbas desde que o israelense assumiu o poder, em 31 de março. Ele falou um pouco com cada um deles separadamente antes da reunião. O presidente americano conseguiu convencer Netanyahu e Abbas a en­­viar seus negociadores a Wa­­shington na próxima semana para continuar com as discussões de Nova Iorque.

O enviado especial dos EUA para o Oriente Médio, George Mitchell, informou que conversará com representantes das duas partes nos próximos dias. No entanto, Mitchell, que voltou de uma missão infrutífera na região na semana passada, admitiu que as divergências persistem, impedindo israelenses e palestinos de retomarem as negociações suspensas no fim de 2008.

Para os palestinos, o principal obstáculo à retomada das discussões é a recusa de Ne­­ta­­nyahu de congelar completamente a colonização na Cisjor­­dânia ocupada.

Ninguém esperava que a reunião de ontem em Nova Iorque permitisse avanços concretos. Porém, o governo norte-americano manteve o encontro para mostrar o compromisso de Oba­­ma com a resolução do conflito israelense-palestino.

"Apesar dos obstáculos, apesar do peso da história, temos que encontrar um meio de sair do impasse no qual gerações de israelenses e palestinos ficaram presos, em um ciclo infinito de conflito e so­­­­frimento", explicou Oba­­ma. Ele pediu aos palestinos que aceitem a abertura das negociações e que combatam os sentimentos anti-is­­rae­­lenses.

Ao mesmo tempo, ele pediu aos israelenses que demonstrem com ações concretas as concessões que se disseram dispostos a fazer so­­bre a questão crucial da co­­lonização.

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