O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, terá hoje em Washington seu quinto encontro, desde que tomou posse, com o primeiro-ministro de Israel, Binyamin "Bibi" Netanyahu. Desta vez, porém, o governo norte-americano promete dar um passo a mais. A Casa Branca já adiantou que pressionará Israel a retornar à mesa de negociações com a Autoridade Palestina (AP), superando o "diálogo indireto" que vigora desde a eleição de Obama.
Ontem, palestinos e israelenses deram o primeiro sinal em quase dois anos de que a volta do processo de paz pode não estar tão distante. O primeiro-ministro palestino, Salam Fayyad - que é elogiado tanto em Washington quanto em Israel -, reuniu-se com o ministro da Defesa israelense, Ehud Barak. No encontro, o representante da AP pediu a Israel que contribua com o fortalecimento das forças de segurança.
Fayyad quer que Israel autorize as forças da AP - armadas e treinadas por EUA e União Europeia (UE) - a ter mais espaço de atuação na Cisjordânia. O apoio, afirmou o premiê palestino, daria uma sensação de que se está "realmente construindo um Estado".
Em Washington, os sinais de otimismo têm ganhado evidência. Na semana passada, o responsável pelo Oriente Médio no Conselho de Segurança Nacional, Daniel Shapiro, afirmou que "as distâncias" entre israelenses e palestinos "foram encurtadas". O próximo passo seria trazer os dois lados de volta ao diálogo, disse Shapiro. Michael Oren, embaixador de Israel nos EUA, confirmou que Washington estava pressionando pela retomada do diálogo direto com a AP. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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