O presidente dos EUA, Barack Obama, disse na quarta-feira, depois da sua primeira reunião com a cúpula militar do país, que seu governo terá de tomar em breve decisões duras a respeito das guerras do Iraque e do Afeganistão.
"Teremos algumas decisões difíceis a tomar o mais imediatamente possível envolvendo o Iraque e o Afeganistão", disse Obama a jornalistas, depois de se reunir com o Estado-Maior Conjunto pela primeira vez desde a posse, há oito dias.
Desde a campanha eleitoral, Obama promete reforçar o contingente no Afeganistão, ao mesmo tempo em que aceleraria a retirada das tropas da impopular guerra do Iraque.
"Obviamente, nossos esforços para continuar indo atrás de extremistas que fariam mal à pátria são soberanos em nossas mentes", disse Obama.
A menção aos "extremistas" indica uma prioridade para o Afeganistão, onde há um recrudescimento da milícia Taleban e presença de membros da rede Al Qaeda. O antecessor de Obama, George W. Bush, deu mais ênfase ao conflito no Iraque.
Na quarta-feira da semana passada, dia seguinte à posse, Obama já havia se reunido na Casa Branca com os comandantes responsáveis pelas forças no Iraque e Afeganistão. A ida dele ao Pentágono, na quarta-feira seguinte, visava a aprofundar aquelas discussões.
Mas a primeira visita presidencial dele ao Departamento de Defesa foi discreta em comparação à ida da semana passada ao Departamento de Estado, num possível sinal de que ele pretende dar mais importância para a diplomacia do que para o poderio militar ao tratar de questões internacionais.
A guerra do Iraque foi a principal preocupação do eleitorado na campanha de 2008 até que a crise econômica se agravasse, ofuscando todos os demais problemas.
Antes de tomar posse, o novo presidente disse que gostaria de retirar as forças de combate do Iraque dentro de 16 meses, contando a partir do início do mandato. Sua capacidade de cumprir a promessa deve depender de a violência no Iraque continuar declinando, e de as forças locais continuarem se tornando mais competentes para controlar a situação.
Um acordo bilateral firmado no final do governo Bush estabelece que os militares EUA devem deixar o Iraque completamente até 2012.
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