O presidente dos EUA, Barack Obama, prometeu nesta segunda-feira persistir na sua estratégia para a guerra do Afeganistão, enquanto o Pentágono buscou aplacar os temores de que o Taleban estaria se reerguendo após a morte de 30 militares norte-americanos em um helicóptero abatido por rebeldes.
A queda do helicóptero, no sábado, foi o mais letal incidente para as forças dos EUA em quase dez anos de guerra no Afeganistão, num momento em que a violência no país atinge níveis inéditos.
Mas Obama e seu secretário de Defesa, Leon Panetta, disseram que não vão recuar no compromisso de combater o Taleban e a Al Qaeda no Afeganistão.
"Vamos seguir adiante, e vamos ter êxito", disse Obama em um tributo aos mortos, mostrado pela TV. "Nossas tropas vão continuar o árduo trabalho de fazer a transição para um governo afegão mais forte, e assegurar que o Afeganistão não seja um refúgio para terroristas."
Panetta, que encabeçou a cerimônia no Comando de Operações Especiais, na Flórida, disse que a morte dos militares -- a maioria dos quais da força Seal, a mesma que foi responsável por matar Osama bin Laden meses atrás -- foi "um lembrete ao povo norte-americano de que continuamos sendo uma nação em guerra." Ele prometeu honrar os mortos "mostrando ao mundo nossa implacável determinação de seguir adiante."
"Por mais pesada que seja esta perda, seria ainda mais trágico se deixássemos que ela desvie este país dos nossos esforços de derrotar a Al Qaeda e lhe negar um refúgio no Afeganistão", disse o recém-empossado secretário.
Os militares dos EUA dizem que os ataques e atentados do Taleban são um recurso para demonstrar força apesar de uma série de derrotas em batalhas nos últimos meses, quando seus esconderijos teriam sido conquistados pelas forças da Otan.
"Este é um incidente isolado, que não representa nenhuma espécie de tendência ou divisor de águas", disse o coronel David Lapan, porta-voz do Pentágono. "Ainda temos o Taleban em fuga, revertemos o impulso que ele tinha. Mas eles ainda vão infligir baixas, é isso que eles fazem."
Mas a morte de tantos norte-americanos ecoou nos EUA com uma força que outros incidentes em batalhas não tiveram, levando à imprensa parentes, pastores e amigos dos mortos -- todos eles elogiando as tropas que lutam em uma guerra impopular, geralmente ofuscada por preocupações domésticas, como a economia."(Meu marido) sentia, assim como outros integrantes do seu grupo, que a própria existência da nossa república estava em jogo", disse à rede NBC Kimberly Vaughn, viúva de Aaron Vaughn, membro da força Seal que morreu no incidente.
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